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segunda-feira, novembro 30, 2009

Canta canta minha gente


Desde meus quase 10 anos eu ouço o Martinho da Vila com seu "samba de primeira".
Naquela época, em plena ditadura, a vida "era bela" para uma alma ainda criança.
O poeta da Vila Isabel lançava seu álbum "Canta, canta minha gente" com excelentes músicas que começava com a música tema, passando pelo clássico "Disritimia":
"Eu quero ser exorcizado
Pela água benta
Desse olhar infindo
Que bom
É ser fotografado
Mas pelas retinas
Desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez
Com essa disritmia..."

E terminava com o maravilhoso toque de atabaques da faixa "Festa de Umbanda".


Martinho sempre falou do amor, de maneira direta e expressando que cada coração sentia quando um amor começava:


"O amor chegou
Como água que desce da montanha
Provocando uma erosão tamanha
Desaguou e fez onda no meu mar
Se agigantou
Como o samba que arrasta a minha escola
Com a força que tem uma canção
Que o povo mais gosta de sambar
Quem foi que disse que amar é tolice?
Não é, não
Sensação bem maior do que se pensa
irreverente ao marcar sua presença
Vai e vem
Nas marés de muitos tons
Tolo é quem não viaja
Nas ondas e nos sons
Do amor que vem
O amor chegou. . ."
(Quem Foi Que Disse?
Martinho da VilaComposição: Martinho da Vila / Zé Catimba)


Ou na incrível e destrutiva sensação do vácuo quando um amor terminava:


"Sempre sonhamos
Com o mais eterno amor
Infelizmente
Eu lamento mas não deu
Nos desgastamos
Transformando tudo em dor
Mas mesmo assim
Eu acredito que valeu
Quando a saudade bate forte
É envolvente
Eu me possuo
E é na tua intenção
Com a minha cuca
Naqueles momentos quentes
Em que se acelerava meu coração"
(Ex-Amor - Martinho da Vila)


E, se seguirmos o conselho do "velho" Martinho que, com sua música nos põe pra cima, vamos cantando:


Canta Canta, Minha Gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar...

sexta-feira, novembro 27, 2009

Os passarinhos voam de nosso ninho


Essa na foto é a minha filha Ana Paula.
Hoje a levei para a sua última aula do ensino médio (antigo colegial). Ela passou todos os seus anos de vida estudantil nesta mesma escola.
Foi com um aperto no coração de pai que pensei que ela cresceu e ano que vem prepara-se para uma nova etapa (provavelmente longe de seus pais), a vida acadêmica.
Emocionado a deixei na porta da escola e vi que "meu passarinho" já está quase saindo de seu ninho, que foi criado com amor, carinho e dedicação. Mas, afinal, os filhos devem ser criados para voarem e se possível alto, mais do que os próprios pais.
E, exatamente amanhã, ela prestará o vestibular (concurso) para tentar ingressar na cadeira de medicina veterinária.
Amanhã já é o primeiro passo de uma nova etapa para ela.
A sensação é estranha, mistura de "vazio" e satisfação.
Voe filha!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Mas que aguaceiro

Nesta época, quando um dia como fez hoje, com calor, sol, umidade alta e muita formação de nuvens só pode resultar nas fórmulas abaixo:

Dia quente = tarde molhada
Dia ensolarado = noite chuvosa
Dia lindo = tarde tenebrosa
Rios correram sobre as avenidas, calçadas inundadas, pessoas quase nadando ao caminhar, guarda-chuvas inúteis, carros-barcos, motoristas-velejadores.
Apesar do caótico entardecer, curti uma tarde olhando pelo vidro do veículo. Percebendo como é bom que existam algumas simples coisas no momento certo. Apreciei a chuva do mesmo modo que eu fazia quando chovia na minha época de garoto: adorava ver a chuva e se possível molhar-me nela.
Uma chegada da noite com uma deliciosa parada para refrescar a "cuca" e seguir adiante.
Momentos que correram na morosidade do trânsito. Passeio bom.
O dia começou ensolarado e terminou do mesmo modo: de alma leve como a brisa que agora sopra...

Mas que belo dia da semana


Um dia como hoje é para se levantar ânimo até de um defunto!


Que belo céu que está fazendo aqui pela paragens de Sampa!


De manhãzinha parecia que tudo iria ser timidamente nublado, mas à medida que o alvorecer rompia a noite, algumas nuvens cirrus já denunciavam que o astro rei viria para mudar o panorama. Tais nuvens estavam alaranjadas em sua parte inferior.


Como de costume, entrei no fretado, botei o fone de ouvidos e preparei-me para mais uma viagem. Era rock in roll que ouvia, misturado com algumas MPB e como não sou de ferro, umas músicas "calmantes" do tipo "new age".


Dei-me conta do dia após começar a ouvir (ou prestar atenção) em uma música chinesa (dessas que relaxam feito mantra). Passei a olhar as nuvens, o céu, o brilho do sol, a iluminação natural que já era refletida pelas árvores e substraí aquele monte de concreto para dar chance à apreciação da natureza que é pujante e pulsante mesmo no meio de uma metrópole com São Paulo.


Desculpe-me os céticos e ateus, mas aí que se sente a presença indireta de Deus sobre todas as coisas. E isso faz uma diferença enorme para o alívio de nossas agruras cotidianas, porque afinal quem não as têm?


Se eu não estivesse tão enrolado com meus afazeres profissionais hoje tiraria o dia para tomar mais contato com esse maravilhoso, energético e estonteante dia.


Quem sabe eu voasse? Quem sabe tiraria meus calçados e me sentasse sobre o gramado do Parque Ibirapuera, curtindo reminiscências neste mesmo gramado? Quem sabe amanhã?...




terça-feira, novembro 24, 2009

O ciclo da vida


Criação, Manutenção e Destruição
Brahma, Vishnu e Shiva - A tríplice deidade hindu detentora de todo o poder gerado nos "ciclos" de vida.
Tudo passa por isso...
Nascimento, Apogeu e Morte
Incrível como não nos damos conta quando estamos na "crista da onda"! Tudo parece incrivelmente infinito.
Quando adolescentes não nos importamos com aposentadoria, velhice, saúde e morte.
Quando amamos e somos amados, achamos que a vida será eterna. Somos super-homens e super-mulheres. Mas...
Nossa vida é reciclável, o novo surge da morte e reaproveitamento do anterior.
Flores brotam do botão, embelezam e exalam e depois, mesmo trocando a água, a terra, elas murcham, secam, morrem.
Reflexão que me fez lembrar de outro texto de minha autoria "As flores de plástico não morrem...".
Tudo recicla-se, tudo modifica-se, tudo nasce e tudo morre, nesta terra de poeira, vento e transformação.
Há sempre frutos, que germinam das dores, das experiências, das vivências, da vida...
E quando a sensação de que tudo secou perdurar, há que se considerar que o próximo passo é a reciclagem, para um novo ciclo de vida.
Se você sente-se um "lixo", "seco" e desprezível, não se preocupe, algum "catador de papéis" o achará no meio de seus próprios escombros, te enviará para um novo ciclo de vida e você ressurgirá de si mesmo, de suas cinzas, feito a mitológica ave Fênix.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Inspiração primaveril


Um dia lindo como está fazendo, aqui na região Sudeste, dá uma inspiração!

Dá aquela vontade de viajar, pegar uma estrada para um lugar mais próximo da natureza.
Ver paisagens novas e céu azulzinho.
Ouvindo músicas que casam com o momento do "pé-na-estrada".
Chegar em algum lugar propício para amar. Amar a pessoa que amamos, amar a natureza, amar a vida e amar o momento
Tirar os calçados e caminhar descalço para absorver as energias da mãe-terra.
Andar lado a lado com a pessoa que amamos.
Deitar sob um frondosa árvore e fazer um "pic-nic", totalmente relaxados.
Fazer amor ouvindo os curiosos passarinhos que estranham susurros e sorrisos.
Adormecer sob abraços amados para acordar em uma gostosa tarde.
Refrescar-se com um gostoso suco, gelado e docinho.
Contemplar as esparsas nuvens em forma de chumaços de algodão, imaginando formas de animais.
Sorrir para a vida e respirar fundo enquanto olha para o "seu" amor.

Ver a tarde chegando e a brisa refrescando a alma.
Sentir o perfume do "mato", do campo, das flores, do lugar.
Sorver um aromático cafézinho e aquele "naco" de bolo delicioso.

Espreguiçar-se de vontade em ficar ali, sem nada para fazer e tudo para viver
Jogar o dia fora para ganhar momentos inesquecíveis que só a vida pode nos dar...

terça-feira, novembro 03, 2009

O vegetarianismo


Neste feriado passado, assisti na Tv Cultura um programa ("Campus") que abordava o vegetarianismo e seus seguidores.
Francamente, admito a minha quase total ignorância sobre o assunto. E coloco agora a minha opinião a respeito esperando que algum adepto possa trazer luz à minha opinião.
Tenho em mente que "tudo que beira ao extremismo não é bom".
Assim, vejo o vegetarianismo estrito, a forma mais "radical" que abole qualquer alimento de origem animal (incluindo ovos, leite e derivados) como alguma coisa não tão equilibrada assim. Muitos adeptos adotam o Veganismo, que é "uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos considerados especistas." (fonte: Wikipédia).
Em parte, dou razão a eles em dizerem que as derrubadas e queimadas nas florestas têm o seu maior objetivo em formar mais pastos para criação cada vez maior de gado e outros animais de corte. Que o gás metano produzido pelos "puns" do gado contribuem significativamente com o efeito estufa, muito mais do que o gás carbônico.
Concordo também que uma alimentação saudável é equilibrada.
Só acho que esquecem da questão evolutiva da raça humana, que chegou onde chegou após absorver proteínas animais, que desenvolveu seu cérero pela ingestão de alimentos de origem animal. Mas, se isso não é o suficiente, porque afinal já chegamos onde queríamos e por isso não mais precisaríamos consumir proteínas animais, digo que temos uma "história" genética onde nossos organismo se adaptaram e se acostumaram ao consumo de proteína animal e negar isso radicalmente, de uma só vez, creio que não é ir em direção correta.
Não faço apologia ao consume de proteínas animais, concordo que devemos diminuir mesmo a quantidade de carne consumida, contribuindo com um melhor equilíbrio ecológico. Mas não nego a minha condição humana de necessitar de ovos, leite, derivados e até mesmo carne, principalmente as carnes brancas (aves e peixes).
Mesmo assim, tenho que dar razão aos adeptos radicais ou não do vegetarianismo sobre as questões éticas sobre os animais e a natureza.
Mais informações em Wikipédia: Vegetarianismo e Veganismo

segunda-feira, novembro 02, 2009

Reentrada


Estou voltando à blogagem, depois de uma necessária ausência, decorrente de minha segunda volta do México.
Incrível como a vida da gente "trava" por estar longe de casa e um montão de pendências ficaram para serem resolvidas.
A "volta" é sempre um choque da "nave" e da atmosfera. O atrito é natural.
A minha segunda volta ao Brasil não foi das melhores. A companhia aérea mexicana que voltei é uma verdadeira empresa que desrespeita os clientes. Duas horas de atraso com duas desculpas esfarrapadas. A primeira é que demoraram no abastecimento da aeronave. A segunda é porque as bagagens estavam "desbalanceadas" e causavam desequilíbrio no avião. Será que não sabem que antecipadamente precisam encher os tanques para uma viagem de mais de 7000 km? Será que não sabem "balancear" as malas? Incompetência e desrespeito.
Bem, mas já estou no solo brasileiro fazem dias.
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