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segunda-feira, novembro 24, 2008

Sonhos

Resposta de uma pergunta que foi feita ao médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, numa entrevista concedida por ele à revista "Isto É".

O entrevistador Camilo Vannuchi perguntou a ele:
- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki responde:
- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro as Loucuras da Sociedade.

A primeira é:
- Instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é:
-Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é:
-Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.

Por fim, a quarta loucura:
-Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.

Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.

Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:

"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".

Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.

Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional".

terça-feira, novembro 18, 2008

O perdão e a dor

Certa vez ouvi de um guia espiritual:

"O perdão não ocorre quando se esquece, porque esquecer de algo, que possa ser forte, não é possível. O perdão verdadeiro ocorre quando não há mais dor, mesmo ao se pensar naquilo que causou a dor"

A dor escraviza, ata e interrompe a marcha de uma pessoa. Enquanto doer, ela não caminha. Enquanto sua alma sofrer, a pessoa sentirá que jamais será liberta.

Mas, o tempo faz as coisas mudarem, inclusive a dor. O tempo cura e a alma obtem o sossego necessário.

Perdoar é a arte de lembrar sem sofrer, é a ciência da alma liberta. É a resposta ao coração e a paz do viajor.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Que danação danada!

Euforia, Língua Seca, Palpitação Ofegante E Crítica Respiração Olhos Rasos Como O Sol Causticante Feito
Água Que Nasce E Corre Lancinante A Paz Fugiu, O Grito Ecoou Que A Ave De Rapina Se Espantou


Calor Nas Têmporas,
M
ãos
Resfriadas Farpas No Estômago Facas Afiadas
Sono Perdido Em Insônia Pungente O
Deserto De Um Coração Quente

Lorota De Enamorados Que Nada Suor Nesta Danação Danada

Lua Perdida De Encanto D
eixa
Que Escoa Este Pranto


Paixão Que Nunca Veio Sonho Misto De Pavor E Esteio
Larica Imensa Desse

Amo
r Mel, Abelha Em Uma
Flor


Compasso Bom Deste Ritmo Do Néctar Já Ilegítmo

Quede E Me Fundei
e
Acerque E Me Cerceie



Num
Outro Mundo A Viração Dessa Danada Danação

terça-feira, novembro 11, 2008

Velhas coisas de novo

Hábitos saudáveis que deixamos de lado por falta de tempo, porque estávamos em algum projeto mais importante de nossas vidas, porque perdíamos o nosso tempo com coisas que nos emperrava, devem ser retomados.


Caminhar, ler, reencontrar amigos, dedicar um tempo a nós mesmos, seja indo a um médico, seja indo a um podólogo para nos livrar dos velhos calos.


As velhas e simples coisas boas de se fazer, conhecidas nossas, mas eficazes, que nos devolve a sensação de que a vida é boa.


Se aquilo que é bom não pode ser resgatado, então para que servem as coisas complexas e tomadoras de nosso tempo? Se o tempo foi perdido, retome o ritmo.


Nadar, passear, viajar, conhecer novas pessoas e culturas. Dizer a seu pai e mãe que os ama.


Matar tempo em frente a um por-do-sol, dedicando momentos a si mesmo e ao universo, sem pensar nas contas, nos maus relacionamentos, no vizinho chato, no trânsito e naquelas coisas desagradáveis que não acabam, somente mudam.


Brincar com o seu animalzinho de estimação, passar os dedos sobre o dorso de um cavalo, sentir o cheiro do mato. Acordar cedinho só para ver como as nuvens ganham movimento com a chegada do astro rei.


Abrir os pulmões num sorriso corporal, enchendo-se de vida que está ao seu redor.




Amar...


Orar para a sua fé. Olhar o seu lado não material e pensar sobre o que você tem feito de bom pra si mesmo e para os outros.


Lustrar seu instrumento musical largado ao gosto da poeira. Tirar aquele som daquela velha canção daquele velho tempo que o tornava jovem.




Envelhecemos as nossas células, o nosso corpo, mas a alma não. E quando isso acontecer é sinal de que um ciclo terminou.


quinta-feira, novembro 06, 2008

Amores impossíveis

Amores impossíveis e as estrelas se parecem muito.
Embora olhamos para eles, estão a anos-luz de nós.
Desejamos o seu calor e o que vemos é só o passado.
Adoramos o seu brilho e ele nos chega feito réstia de um mundo distante.
O esforço para tentar estar perto deles é em vão.



Embalamos nossos sonhos nas noites pensando neles.
Acordamos e o dia nos traz à razão encobrindo a emoção.
Nos tornam mais românticos mesmo de tão longe que estão.
Sofremos pela impossibilidade de tocá-los e tê-los



Se eles passam próximos a nós são apenas cometas.
Cometas que nos enfeitiçam com um espetáculo único.
Cometas que passam rápido em nossas vidas.
Deixam suas profundas marcas, mas se vão.
Voltam de onde vieram: da impossibilidade.


Amores impossíveis são nossas estrelas que brilham em nossas vidas.
Pululam nossas mentes de sonhos
Enchem nossas vidas
Preenchem nossos corações com partículas quintessenciadas de amor



Seriam essas estrelas, esses amores, anjos celestiais?
E, mesmo que inalcansáveis, os amamos na infinitude...


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