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sexta-feira, dezembro 28, 2007

Tempo

TEMPO. . . (Carlos Drummond de Andrade)

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez
com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...

...Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.


Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!

FELIZ 2008 !!!!

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Férias

Entre as montanhas e o mar
As festas e a comilança
A preguiça e cochilo
Os pés descalços e ficar sem camisa
Estou

Estou de férias

Ainda que eu não deseje que ela acabe, um dia voltarei a desejá-la

Até à volta amigos, leitores

Férias, aguente um pouco mais, estou voltando para ti!

quarta-feira, novembro 28, 2007

O sonho e o sonhador

Há sonhos preciosos que jamais tornamos projetos e, então, amargamos, por mais bem-sucedidos que pareçamos ser, ficamos áridos e desérticos.

Esse é o resultado, inexorável, de destinos não cumpridos. É comum dizermos que não realizamos nossos maiores sonhos por falta de oportunidade, de dinheiro ou de estímulo.

Porque estávamos comprometidos até a raiz dos cabelos com coisas que não poderíamos abandonar.... Por medo de correr riscos.....

Também não realizamos nossos sonhos porque entramos numa vida em que eles não cabem mais. Ou porque concordamos com a opinião daqueles com quem convivemos, de que eles são bobos, infantis, sem futuro.

A tendência usual é sepultarmos o nosso “eu” que nos envergonha num passado inacessível. Tarefa para o esquecimento. Um jeito de nos negarmos um lugar no mundo.

No entanto, foi esse “eu”, que recusamos, que sonhou os nossos sonhos mais preciosos.

Só ele sabe o que sonhamos um dia. Portanto se afastamos o sonhador, perdemos seus sonhos e nos divorciamos de nós mesmos.


Paulo Castro (Folha de São Paulo)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Os pavões viram assado


Há sempre aquela pessoa que adora destacar-se, adora ser melhor que as outras. É o que chamo de pavão: só serve para enfeitar e vira refeição um dia.


Quantos incompetentes estão pendurados em seus cabides porque são puxas-sacos de primeira, bajuladores, "politiqueiros" e fazem de tudo para aparecer nas fotos comemorativas?


Hoje presenciei o enforcamento (ao menos o início disso) de dois pavões, para depois serem servidos pelos mesmos boçais que os alimentam. Um dos pavões é uma mulher, metida a riponga e jornalista. Deu uma declaração que no mínimo mostra a sua incompetência: nem foi ética e nem tão esperta quanto pensa. Vai virar jantar decorado!


O outro conseguiu aquele carguinho que lutou por anos (puxando o saco dos seus chefes). Agora é só uma questão de tempo para ele cair do salto que quis alçar-se, já que agora terá que mostrar toda a sua capacidade gerencial.


Feitos bobos da corte, enfeitam e provocam risos aos seus chefes, que aplaudem mais por diversão do momento do que por mérito dado a esses pavões.


Já me ri destes emplumados de ego, enfeitados de falsidades e recheados de nulidade.


Logo os verei servindo ao paladar daqueles néscios que adoram este tipo de cortejo e comitiva.


A lei da afinidade sempre impera...


segunda-feira, novembro 19, 2007

¿Quién Soy? ¿Quién Soy? Sois Rei



A conjuntura deste país que habito me faz lembrar de uma personagem do Jô Soares, na época do "Viva o Gordo".

Era um reizinho bravinho, ególatra e tirano que impunha pela força seu reinado.

O problema de todo tirano é que ele acha-se um ser divino, o único capaz de salvar sua nação, o sábio e quer perpetuar-se no poder.

O reizinho quer que todos, em uníssono, o aplaudam com seus discursos e soluções milagrosas.

O nosso "vizinho" país petroleiro , a "Pequena Veneza", agora, para o "nosso" nababo reizinho, é uma democracia de fato e direito, afinal há mais eleições, plesbiscito e consultas populares lá que aqui!

A América Latina está recheada de "reinadozinhos", todos de penacho na cabeça e tacape na mão! (Nada contra os verdadeiros indígenas) imitando coroa e cetro reais. Todos eles como pomposos discursadores e tiranos.

Esses reizinhos, principalmente o "nosso", remetem-me também, a outra obra não tão fictícia: A Revolução dos Bichos de George Orwell. A fábula conta que numa fazenda os bichos tomaram o poder, mas quem os comandou foram os porcos... (O Triunfo dos Porcos em Portugal)

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Boa Velha Bossa Nova

Um tempo que se foi
Saudades de um tempo que eram lambretas e um "hum hum" cantado acompanhado por acordes dissonantes de um violão.
Dava para imaginar a Garota de Ipanema toda formosa.
Vinícius, Baden, João, Jobim, Lyra, Menescal, Nara e muitos outros, poetas, boêmios, malandros, artistas, trovadores de botequim.
Deixaram músicas, mas criaram nostalgias
Um tempo que ainda não havia democracia corrupta, nem globalização e o fantasma mundial era a guerra fria
O Rio de Janeiro pintado nas melhores cores, um Rio que dá vontade de passear, de viver.
Gentes humildes.
A Bossa viajou para o exterior, Sinatra captou a paixão que ela conferia nas canções.
Ouvir a Bossa Nova faz com que se volte ao passado de bondinho
Homens de terno e gravata, mulheres charmosas.
Não sou deste tempo não, mas parece que ele deixa marcas até mesmo naqueles que nasceram dos namoros daquela época.
Refrões que demonstravam o sossego da época, sem pressa.
Longas conversas nas mesas de bares, tragos de cigarros e poemas saindo no lápis sobre o papel amassado.
Tudo bom como as sensações que as músicas da Bossa trazem
Coisas que só o coração pode entender

segunda-feira, novembro 12, 2007

Avaliação de Desempenho

Muitas empresas adotam ferramentas de avaliação de desempenho de seus empregados.

Muitas destas ferramentas são ineficientes porque são limitadas quanto a analisar a performance das pessoas.

Criam-se metas para serem cumpridas e mesmo que a pessoa esforce-se em inúmeras atribuições, tarefas, atividades entre outras coisas, nada valem se não estiver de acordo com a ótica da tal ferramenta. E muitos dos melhores profissionais são avaliados de maneira equivocada, podendo perder créditos junto à empresa.

Além deste tipo de avaliação empresarial, somos avaliados em nossos desempenhos sob os vários papéis que assumimos na vida: cônjuge, amigo, pai, filho, vizinho, cidadão, motorista, entre outros.

As pessoas tornaram-se exigentes, querendo mais e mais.

Chegar em casa sem sorrir, mesmo que o dia tenha sido um inferno, é uma ofensa para quem lá nos espera.

Errar então não há segunda chance.

Somos avaliados pelos pontos de vista e de acordo com as convicções dos outros. Limitadamente nos tacham, nos rotulam e dizem se estamos acima ou abaixo da performance.

Um pai de família tem que cumprir, mesmo que sentindo-se escravo, com suas obrigações, senão a família expulsa-o.

Uma esposa tem que "comparecer" para o marido quando ele a procura senão o pau quebra. Quantas mulheres fingem ainda orgasmos por conta desta avaliação?

Mundo de maquiagens como as casas de americanos: são bonitas mas são de papelão revestido, passa a ser adotado por muita gente anônima e artistas. Só para manterem a performance. Viagra, seios postiços, botox, shampoo colorante, roupas e perfumes, diplomas. Tudo para agradar.

Mas, e a essência humana? E as qualidades natas? E aquilo que escondemos porque ninguém quer mais saber como honestidade, integridade, cidadania, senso ecológico, carisma, instinto materno, alma poética, humildade, religiosidade, fé, amizade e tantas outras coisas que somos e sentimos que nada mais valem porque as ferramentas modernas de avaliação querem lidar com redução de custos, capacidade de adaptação, respostas rápidas, sorrisos, beleza externa, aparência de ganhadores, líderes, pessoas que almejam crescer acima das estrelas, eterna jovialidade?
Avalia-se mas não aprofunda-se, mantêm a superficialidade da casca fina, brilhante e falsa.

sexta-feira, novembro 09, 2007

O motejo do coração

Revestido de meu poder, por Deus concedido

Propago-me de modo intenso entre vós

Feito rastro de pólvora

Arribo os desanimados

Desabo os calculistas

Atordoo a todos

Trago a paz

E tiro o sossego

Crio o caos

E dou a mansidão

Amoleço os duros

E tempero os maleáveis

Seco gargantas

Molho bocas

Cego idéias

Clareio pensamentos

Dou futuro

E acabo com passados

Todos querem-me

Alguns fogem de mim

Quem sou?

O misterioso dom divino

O Amor...

quinta-feira, novembro 08, 2007

Virtual Realidade



A tecnologia nos transformou em bits (*)...


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Neste mundo cibernético somos apenas usuários, logins e internautas e só conseguimos provar isso se aquelas letrinhas que formam as senhas que escolhemos forem digitadas "tim-tim-por-tim" na ordem certa, com os caracteres maiúsculos ou minúsculos, letras e símbolos corretos.

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Nossas ações na net são apenas bits e são capturadas por mecanismos de inteligência artificial que transformam isso em um perfil de consumo. Qualquer palavrinha por nós digitada no Google é capturada, qualquer clique num site de notícias é computado, qualquer viagem virtual no Google Earth revela o que aspiramos e principalmente: onde moramos, porque afinal, não é praticamente a primeira coisa que procuramos neste software?
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Famosos aproveitam e se camuflam sob nicknames para saber as mesmas trivialidades que nós reles mortais fuçamos nos sites de relacionamentos, os orkuts da vida.
Os mais pobres são apenas bytes e os poderosos são gigabytes, terabytes, ricosbytes!



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Digitalizamos a nossa família inteira, nossos passeios, nossas preferências nos fotologs e expomo-nos de maneira quase escancarada, coisa que não fazemos para nossos próprios vizinhos, ou não é verdade que é muito raro mostrarmos as fotos de nossas últimas férias ao nosso vizinho?

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A sensação que o mundo virtual nos passa é que tudo é virtual (realidade simulada), quase que um faz-de-conta. E por isso, talvez ultrapassamos o senso da segurança visitando aqueles obscuros sites pornográficos na calada da noite, ou aquele que contém fofocas de artistas, ou relatos de pessoas traídas que querem vingança.
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O bits que nos transformamos ao colocar os WWW ou o @ não nos protege de certas vulnerabilidades, principalmente dos hackers que já invadiram e continuarão a invadir contas bancárias daqueles mais carentes que ao ler um email estranho com o assunto do tipo "Te encontrei, agora não te perderei jamais, meu amor" dão acesso às suas coisas digitais secretas, como o usuário e senhas.


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Também não nos protege de adoecermos digitalmente quando nos infectamos com arquivos viróticos. Na maioria dos casos é só passar no "posto de saúde" e vacinar-se com a última atualização.


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Vivemos tão intensamente esta vida binária, que alguns arrumam até casamento de verdade, embora alguns caiam na tentação de dar aquela traidinha virtual, arrumando um amante virtual (às vezes isso vira coisa concreta). Outros têm vida dupla e filhos digitais nos sites de vida virtual como o Second Life (leia meu post sobre isso).


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Nosso impulso por descobrir este mundo novo faz a gente caçar tudo quanto é coisa nos googles da vida! Se digitar qualquer palavra, qualquer nome, palavrão, cidade, etc, vai aparecer algum resultado. Sabe por que? Porque o mundo real está mapeadinho no mundo virtual, graças aos nossos insaciáveis clicks.

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As pessoas mais velhas, viraram bits recentemente, mas as novas gerações já eram bits antes mesmo de sair do ventre materno.
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Deixaremos de ser bits um dia? Nem depois de mortos, porque com essa onda de informatização, até mesmo os defuntos já estão digitalizados, pelos cartórios, cemitérios, universidades, imls, etc.
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Dizem que na Bíblia, há uma profecia de que cada um de nós, nos fins dos tempos, receberá um número único e identificador [Apocalipse 13:16-17]. A tecnologia do RFID (a etiqueta inteligente) pode ser esse tal número. Os institutos tecnológicos como o MIT pretendem em pouco tempo implantar computadores em nossos corpos para nos integrar definitivamente na "rede", como acontece na Matrix e seremos os servos do Anti-Cristo (A personificação do mal).


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Bem, esta rede mundial que já globalizou-nos está aqui em nossas vidas. Defensores e atacantes usam dela para expor suas idéias. Grupos de pensadores e de terroristas usam-na como armas ideológicas. Logo, logo as guerras serão travadas na net (seria bom se não morressem mais pessoas - inocentes ou não, em guerras de verdade).


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Quando desejamos alguém ou algo é só dar um "ok" e quando não queremos por perto é só dar um "del", porque afinal é só mais um bit a mais ou a menos em nossas digitais vidas...


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* - Os computadores "entendem" impulsos elétricos, positivos ou negativos, que são representados por 1 e 0, respectivamente. A cada impulso elétrico, damos o nome de Bit (BInary digiT). Um conjunto de 8 bits reunidos como uma única unidade forma um Byte.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Fim do mundo

O que mais mata no Brasil, o leite adulterado quimicamente para parecer shampoo de cabelo ou um transporte de rico como aviões e helicóptero executivos? A corrupção instituicionalizada ou o efeito estufa causador de enchentes cada vez maiores?

Quem de nós pode dizer com toda a certeza que ficar dentro de casa, tomando café da tarde (incluindo o leite) é sinal de segurança? Há sempre elementos externos a nos prejudicar, seja a água "leptospirótica" entrando com a chuva, seja a soda cáustica desentupidando nosso esôfago, seja um jatinho quebrando o telhado ou seja uma pizza brasiliense após mais um acordo para manter a cpmf em voga para manter os chupins dependurados nos galhos e cabides públicos.

Nem mesmo o pequeno agricultor pode se sentir mais seguro, pois afinal, ele e sua terra são regidos pelo tempo e este ultimamente não se comporta mais como antes. E quando tudo está bem com a horta vem um movimento dos sem-ter-o-que-fazer para invadir a pequena propriedade em nome de ideais marxistas ultrapassados.

A vaquinha já não é mais confiável porque descubriram o produto dela é prejudicial à saúde.

Produtos industrializados e não somente o leite pasteurizado trazem produtos nocivos à saúde humana. Anabolisantes para o boi ficar bombado, antibióticos para manter o frango vivo, rações vitaminadas para os peixes, defensivos agrícolas nos legumes, frutas e verduras. Água quimicamente tratada. O ar poluído para encher nossos pulmões.

Meu Deus! Onde vamos parar?

Nostradamus em suas centúrias ficaria pretificado com este fim de mundo.
Talvez seja melhor refletirmos se não somos nós, os humanos, as sete pragas anunciadas que assolará a face da terra. Pelo menos aqui no Brasil estamos fazendo a nossa parte.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Indivíduos Incoerentes

Alguns indivíduos comportam-se de maneira estranha. São incoerentes com o modo de tratar as dificuldades e as pessoas, de acordo com a circunstância.

No trabalho, engolem sapos quietinhas, aceitam tarefas pesadas, toleram pessoas intragáveis, passam horas pacientemente em uma reunião, bajulam, entre outras coisas.

Porém, em suas vidas particulares agem bem diferentemente disso. São implacáveis, intolerantes, irascíveis, insensíveis, impacientes, imperdoáveis e não deixam passar uma ofensa em relação às pessoas com quem convivem particularmente.

Para aquelas pessoas quem tem afeto, amor, carinho estes indivíduos são verdadeiros tratores. Tratam mal os companheiros, os filhos, os pais, os parentes e os amigos.

Qual a explicação dessa incoerência?

Acredito que além do interesse no dinheiro, no poder, estes indivíduos usam, no trabalho, apenas máscaras para esconder o que de fato são: desumanos.
Quantas não são as pessoas que estes indivíduos ferem? Quantas vezes ofensas foram desferidas por um simples "pisão no pé"? Quantas agrados deixaram de se dar porque estes indivíduos chegam em suas casas fartos de todos e do mundo?
Casamentos, relações, amizades, harmonia vão-se com atitudes como estas. E o mundo fica pior.
A educação não é o mesmo que grau de instrução. Berço é o que falta para estas pessoas que sabem apenas destratar aqueles que os cercam de afetividade.

terça-feira, outubro 23, 2007

Um ano de novo blog


É, a vida passa rapidamente e dia 02 passado fez 01 ano que iniciei as atividades neste blog...


Um ano que compartilho parte de meus pensamentos com alguns amigos internautas, anônimos, desconhecidos, conhecidos, velhos amigos, curiosos, passageiros, assíduos frequentadores, inimigos, desafetos, camaradas, colegas, estrangeiros entre tantos outros.


Já devo ter agradado e desagradado muita gente, muitos narizes torceram-se, muita gente se afinizou com textos postados. Muita crítica e elogios recebi. E o importante mesmo é que agradando ou não, pude expor idéias, mesmo sob o manto que mantem a minha identidade preservada (não que eu tenha ou queira que me esconder, mas porque isso acaba ocorrendo), compartilhar experiências e tentar ver se a vida torna um pouco de sentido para mim e para outras pessoas que como eu buscam esse elementar sentido de vida.


Compartilhar é criar laços fraternos, compartilhar é deixar-se conhecer, compartilhar é dividir algo que cada um de nós temos de maneira ímpar, compartilhar é demonstrar interesse pelos outros e tentar trazê-los para perto, mesmo que virtualmente, criando os laços citados aqui.


Eu agradeço a todos que pacientemente estão aqui, a todos que já passaram por aqui, a todos que acharam-me "viajandão", a todos que provoquei caricaturas de desaprovação. Agradeço a oportunidade que deram-me.


Não pretendo ter o melhor dos blogs, nem o mais visitado, nem o mais querido. Aliás, não tenho pretensão alguma em ser melhor ou pior que ninguém, nem me destacar. Pretendo apenas ser mais um desconhecido blogueiro que expõe de modo muito limitado e particular suas idéias e que estas possam ecoar em algum recôncavo cibernético.


A todos o meu obrigado e feliz aniversário

quinta-feira, outubro 18, 2007

Dia do Médico

Hoje (18/out) é o Dia dos Médicos e esta data foi escolhida em função de São Lucas (o apóstolo que não conviveu pessoalmnete com Jesus). Segundo se diz, S. Lucas era médico estudado em Antióquia.

Coincidentemente, estou aqui postando de dentro de um hospital, à espera de minha esposa que submete-se a uma cirurgia.


Dependemos destes homens e mulheres hábeis nas mãos e frios para lidar com coisas que nós simples mortais tememos: a morte. Embora tenham a capacidade fria de lidar com a técnica, comprometem-se para com a vida (ao menos a grande maioria dos médicos) e tornam-se seres humanos de extrema sensibilidade.

Remete-me à lembrança de um valoroso e conhecido médico, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes (a quem as minhas preces são agora endereçadas e que sua equipe espiritual esteja ao lado de minha esposa). Grande alma, conhecido como "o médico dos pobres" dando consultas gratuitas, como não conseguia cobrar, seu amigo, dono da farmácia onde atendia é quem pedia ajuda aos que podiam, não tendo nenhuma fonte de renda além dessa, passando, portanto, muitas privações.

Os para-médicos, os médicos de pronto socorro, das traumatologias da vida, acodem, socorrem e salvam milhares de vidas e muitas vezes feito o Dr. Bezerra de Menezes: quase sem renda.

O meu sonho desde a infância era tornar-me médico (cirurgia pediatra), mas o destino quis que eu cuidasse de computadores (menos arriscado). O sonho foi sepultado, mas sempre acompanho a medicina por livros, artigos médicos, filmes, seriados, documentários, revistas e com os próprios médicos (quando posso). A medicina está em minha alma e ainda terei a honra de vestir aqueles jalecos brancos, clinicar, mas antes realizar, cumprir e vivenciar o Juramento de Hipócrates:


"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.


Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.


Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.


A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.


Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.


Meus colegas serão meus irmãos.


Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.


Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção.



Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra."


Evidentemente que nesta vida (encarnação) não farei isso, mas me prepararei, no astral, sob os olhos e a concessão de Sr das Passagens, da vida e da morte.


E que "meu" Pai possa percorrer todos os leitos e minimizar as dores de cada enfermo.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ficção realista e Verdade fictícia

À baila está a polêmica surgida a partir do filme, em cartaz, Tropa de Elite do cineasta José Padilha: a violência e o crime organizado existem porque existem a corrupção e hipocrisia na sociedade brasileira e suas instituições formais e formadas? Ou a hipocrisia e a corrupção é fruto da tentativa egoísta de defesa da sociedade frente à violência e ao crime organizado?


Efetivamente que as duas pontas se alimentam e se destroem simultânea e continuamente. A droga sai das mãos dos traficantes para a sociedade consumir e a grana que é movimentada geram disputas violentas pelo controle do poder paralelo. O poder paralelo para proteger seu negócio milionário rouba, mata, guerreia, corrompe e implanta o medo.


Hipocritamente jogam um pano para abafar o que a própria sociedade produz, a violência e compram-se carros blindados, imóveis em condomínios que mais parecem um forte militar, seguranças, alarmes, grades, seguros de vida e roubo e torcem para que matem todos os bandidos. Os mesmos bandidos que a sociedade compra as drogas para as festinhas agitadas.


O filme cutuca uma ferida aberta na sociedade e causa a polêmica. Polícia é violenta e corruptível? Sociedade é falsa? Bandido é assim porque só lhe deram essa opção?


Há dois lados da moeda: a polícia não é nem violenta e corruptível assim, são só alguns policiais (talvez muitos, mas não todos). A sociedade também produz combate ao que ela mesma consome. E tem bandido que é assim porque é uma alma fraca e imperfeita, maldosa e que tem prazer de ser violento.


A pobreza de uma nação deveria ser medida pela forma com que ela trata seus problemas. Quanto mais encobrisse seus problemas e fingisse que a culpa é sempre do outro, maior seria a sua pobreza.


O filme Tropa de Elite é o outro lado da mesma moeda da violência urbana, só que focando a vida dos policiais. A outra face é o filme Cidade de Deus dirigido por Fernando Meirelles que retrata a mesma violência, o mesmo cosmo urbano, só que sob o ângulo das facções criminosas.


Infelizmente, com os dois filmes, parece que a violência extremada e a corrupção só existem na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro. Justiça seja feita: as outras grandes cidades também vivem o mesmo drama.


E a outra realidade no "país das maravilhas" do planalto que mais parece um filme: corrupção gera conchavo que gera alianças que geram sujeira que gera compadres que gera rombos que geram pobreza que gera a sensação que o crime perfeito é o do colarinho branco. Essa sensação causa desmoronamento no que é correto e o que é lícito, no que é bandido e no que é mocinho.

terça-feira, outubro 09, 2007

O incomôdo comodismo

Interessante como as coisas novas nos motiva, nos impulsiona. Queremos aventurar-nos numa situação nova, num terreno novo, numa relação nova, num emprego novo, num curso novo, num novo livro. Queremos desbravar, arriscar, mudar e consquistar.

Quantas coisas não almejamos, desejamos e realizamos quando as coisas são novíssimas em folha? Um carro novo é lavado e polido a todo momento. Queremos dormir ao lado de um presente novo. Queremos o tempo todo estar ao lado da pessoa recém conquistada.

Se as coisas duram mais do que este período da novidade, do glamour e do inédito, passa para o rótulo daquilo que nos acostumamos. Acostumamo-nos ao carro, à moto, ao brinquedo, à relação amorosa, ao emprego, à morada.

Passado mais tempo, pode-se cair na outra etapa: a rotina. Dirigimos o mesmo carro, vamos ao trabalho de anos, namoramos a mesma pessoa, nos acostumamos com aquela pessoa com quem nos casamos. Perdemos o empenho, a paciência, a tolerância, a valorização. Qual foi a última vez que você passou a tarde toda do sábado dando aquele trato no carro? Muda-se de hábitos e deixa que o pessoal do lava-rápido faça aquilo que você não deixava que ninguém fizesse: colocasse as mão sobre algo seu.

E aquela relação que de tantos anos já não lhe dá a mesma vontade? Será que o comodismo barrou o romantismo uma vez que o casal é ainda formado pelas mesmas pessoas?

O ser humano tem péssimas práticas: se satisfaz rapidamente com algo, descarta coisas velhas como se tudo fosse "plástico-vidro-metal" e se acomoda rapidamente.

O emprego torna-se uma fonte de desgosto. Mesmo que tenha um p... salário, que tenha excelentes benefícios. Aquela gata continua gata, mas o carinha já se enjoou.

Acomoda-se numa relação e nada mais se faz por ela. Não se pulsa a alegria de antes.

E estes comodimos incomodam. Matam aos poucos. Deterioram lentamente.

Será que uma cêra e uma bela lavada não devolveria o bom e velho carro, brinquedo, relação ou emprego de volta à vida cheia de vida?

A felicidade é encontrada em tudo que existe dentro de nós. Fora de nossa superfície somente estão ícones que transformamos ou em luxo ou em lixo.

segunda-feira, outubro 01, 2007

O prazo

Deus é sábio em tudo que faz, executa, cria, destrói, modifica e pensa. Isto é inegável e não está em questão neste post.

Já pensou se soubéssemos a data provável de nossa inexorável "passagem" para o além? Não teríamos estrutura mental para suportar o nosso "prazo de validade" vencendo. E, embora saibamos de antemão que um dia "iremos", não pensamos sobre isso, mesmo porque é melhor nem pensar sobre isso.

Essa reflexão veio-me à tona recentemente, após receber a notícia da empresa em que trabalho de que até determinada data estarei trabalhando aqui, para depois "buscar novos desafios". Vão terceirizar ou até mesmo quarteirizar a área de TI que trabalho e convidarão a minha pessoa a se retirar (o famoso pé na bunda).

Sabendo de uma notícia que afetará, certamente, o meu futuro, às vezes vem uma certa angústia, um certo sentimento de insegurança e a certeza de que nada é para sempre no mundo material. Uma sensação terrível apossa-me, vez em quando, de que acabarão as coisas que construí sobre e na minha carreira.

Mas voltando à comparação deste episódio de minha vida com a decisão sábia de Deus em nada nos revelar sobre o dia que partiremos daqui para "melhor".

As pessoas, principalmente as despreparadas, materializadas e avessas à crença de vida pós-morte, iriam enlouquecer e passar a fazer coisas fora do comum. Estrapolariam, fugiriam das realidades. Quantos absurdos não aconteceriam?

Mas, e as pessoas mais preparadas para aceitar tal notícia? As mais espiritualizadas? Fanatizariam-se? Passariam enclausuradas nos mosteiros, nas capelas, nos espaços religiosos?

A reflexão final, já que Deus não vai divulgar tal data, é que devemos viver os segundos intensamente, mas isso parece um bordão de livro de auto-ajuda, não? O que é viver intensamente? Notarmos mais nossas respirações? As cores da natureza? Ouvir mais nossos pares, pais, filhos? Dar mais atenção a nós mesmos, à nossa saúde? Colocar em prática aquele sonho? Viver o amor que desejamos e tememos?

Aspiramos pela felicidade, mas parece que quando a vida nos chama a atenção para isso, trememos em nossas bases porque estamos tão acostumados a esperar que "fazer" exige esforço, vontade férrea e acima de tudo decisão própria.

terça-feira, setembro 18, 2007

A fortaleza

Desde criança nossa mente vai se acostumando com uma realidade formidável: a existência de uma fortaleza e que nós estamos inseridos nela, protegidos e harmonicamente vivendo.

Chega a ser tão concreta esta muralha à nossa volta que acreditamos que ela sempre existiu e infinitamente existirá. Muitos sentem-se tão à vontade que acreditam que jamais estarão fora deste cerco protetor, ou até mesmo esquecem da existência dela, embora sinta-a sempre presente.

Vivemos numa vida ilusória que faz com que esqueçamos da valorosa fortaleza, que nos cercou de cuidados por anos a fio, inclusive quando adultos nos tornamos.

Estou referindo-me aos nossos pais, verdadeiras barreiras protetoras que amorosamente dão-nos a sensação de que o mundo não é tão cruel.

Quantas não são as vezes que eles nos tira de perigos e enrascadas que nós mesmos criamos?

Vivemos aprontando e a fortaleza nos permite e vigia para que continuemos a ser o que somos.

Entretanto, o tempo é célere e resgata as coisas para o lugar de origem. Tirando-nos pouco a pouco a fortaleza e quando percebemos não mais a temos.

Quando isso acontece, sentimos a dura realidade de estar sem a divina proteção. Também percebemos que nós quem nos tornamos a fortaleza para outras gerações e a vida segue.

A constante segurança que fez com que nossos passos tornassem firmes deixam de existir e a sensação é de que estamos desprotegidos, sem chão e sem mais aquele abraço envolvente, caloroso, amoroso e acolhedor.

Quantos não são as pessoas que por falta desta fortaleza tornaram-se pessoas insensíveis, frias e desumanas? Quantos não precisam se recordar que foram pequenos, frágeis e precisaram das constantes intervenções dos pais e hoje, por sentirem-se donos do mundo, usam da força e poder para oprimir irmãos seus?

Só somos fortes porque tivemos os alicerces e os muros de nossos pais à nossa volta.

"Você culpa seus pais por tudo.
E isso é absurdo.
São crianças como você.
O que você vai ser, quando você crescer? "
(Legião Urbana - Pais e filhos)

quinta-feira, setembro 06, 2007

Setembro chegou

Sabiá canta todas as madrugadas e o som desta cantoria chega em minha janela. Hora de acordar, mas nada melhor do que ouvir um sabiá laranjeira entoar aquela melodia gostosa.


Sinal que Setembro chegou


O perfume no ar (ao menos em localidades pouco distantes das metrópoles) já aparece. As cores da estação primaveril já enfeitam lá fora, nas copas das árvores, nos jardins e canteiros.


Os pássaros parecem aproveitar da beleza e cantam, voam, passeiam, namoram e nidifcam.


Pessoas se sentem mais livres, depois das jaquetas e blusas que as aprisionavam, de maneira elegante. Saem de casas carrinhos com bebês, guardados na segurança de um quentinho lar, ao encontro dos parques e praças.


Sinal que Setembro chegou


Vovós fazem compotas e melados, gelatinas de morango e amor, para manter os rostinhos rubros de seus netos.


Casais, que se amam, caminham juntos, lado a lado, fazendo planos. Passeiam, observando a paisagem que antes era bucólica e na primavera torna-se viçosa. Parece que as cores das flores dão um tom mais alegre à própria relação. Como é bom amar,
de verdade...



Os poetas atiçam a mente feito o voar dos beijas-flores. Semeando novas prosas em versos rimados na paixão pelo belo.


E quando setembro chega, instala-se a cor, o sabor, a paixão, o amor e o calor.


Abre-se a janela e deixa-se o sol da primavera bater no peito (Beto Guedes)

terça-feira, agosto 21, 2007

Estranhos e loucos Epitáfios

Venha ser o nosso vizinho - Associação de moradores do cemitério de São ...


Promoção de campas e jazigos - oferta especial para os 10 primeiros usuários. corra! - Administração do cemitério da Vila ...



Se a morte rir para você, não adianta rir e nem chorar para ela, pois o ancinho dela já te ceifou a vida.


Sorria você está sendo filmado - Aviso em placas abaixo de câmeras de circuito interno de segurança situada nas salas de velório de um cemitério de uma cidadezinha


Funerária Boa-morte - Nome de um estabelecimento de comércio de caixões na grande SP.

Não adianta levar seus títulos, diplomas, talões de cheques, cartões de crédito ou congêneres nos bolsos do paletó quando morrer, isso só fará que as alças do caixão sejam mais reforçadas.

"Não chores por mim Argentina" - aviso em um velório de um brasileiro sepultado numa cidade argentina.

Aqui jaz, samba, rock, funk...

"Nenhuma pulga, pernilongo ou carrapato hão de imperar aqui!" Assinado as minhocas, vermes e lesmas do cemitério de ...

Atrás destes muros a vizinhança é calma, sossegada e quieta, venha ser nosso vizinho! - Associação dos moradores do cemitério da cidade...

"Aviso aos pichadores: pichem estes muros e iremos pegá-los pelos pés à noite, assinado: os moradores" - placa encontrada no lado externo dos muros do cemitério do...


Cemitério: cofre de cães

A morte é o sono sem despertador

"Executamos serviços de espanta vizinhos" - Moradores do cemitério da...

Carro funerário: ninguém quer essa carona
Motorista de carro funerário espera que nunca o carona peça-lhe informações

"Vigilantes do peso: garantimos o seu emagrecimento, venha fazer parte deste clube" Associação dos moradores do cemitério da saudade

quarta-feira, agosto 15, 2007

O tempo e o vento

Lembro-me dos meus 10 anos de vida!

Passaram-se pouco mais de três décadas, mas parece que foi ontem. Ainda lembro-me da turma da 4a série, do recreio, da fantasmagórica e nova "loira do banheiro", das aulas de educação moral e cívica. Das brincadeiras de rua onde não se esquentava com nada. Não havia internet, emails, blogs, não havia essas grades que nos aprisionam cada vez mais, nem o trânsito, nem corrupção instituicionalizada (embora os militares sugaram os cofres). Eu nem pensava no futuro, vivia o presente, o agora. Amigos, na infância dourada, pobre, mas feliz. Eu não queria um video-game última geração, só queria que a minha magrela (bicicleta) continuasse a levar-me até o bairro do lado, onde as ruas tinham asfalto.

O vento do tempo levou a minha infância, a adolescência e trouxe a responsável e às vezes chata fase adulta.

Se os primeiros 40 anos passaram feito relâmpago, as próximas décadas chegarão mais rápido ainda, porque a impressão é que o tempo está mais acelerado, o dia é menor e a noite voa.

Meus cãs chegaram e se instalaram e progressivamente tomam o meu couro cabeludo. Sinal de que a vida já dobrou o cabo da esperança. Já cheguei no ápice e agora, desço a ladeira para o encontro inevitável e indesejável com o único momento certo que temos na vida.

O que estou fazendo com o tempo que irá voar? O que estou fazendo em nome de minha felicidade? Lembro-me que quando criança eu me preocupava mais comigo e menos com os outros. Mas, hoje, o que estou fazendo de minha vida, sabendo de antemão que ela passará tão rápido como o que já passou?

Voamos embalados pelo vento do relógio, onde cada tic-tac fica mais perto do próximo.

Posso aproveitar e mudar algumas coisas, mas quantas não estou fatalmente enraizado ao ponto de não realizá-las? E aquelas pessoas à nossa volta que irão-se? O que estamos fazendo por elas? O que vamos viver e presenciar ainda juntos?

Interessante como que a infância ensina mais que livros de auto-ajuda, demonstrando para nós que éramos o que hoje almejamos ser: originais e aproveitadores da vida.

O vento virá e tornará poeira situações, pessoas, empresas, épocas e tudo mais em quimera, em poeira, naquilo que sempre foi: efeméridas.

segunda-feira, julho 30, 2007

E a corda arrebentou na ponta mais fraca...

Cá estou sendo recorrente, mas preciso é...
O papel aceita tudo o que se escreve nele, assim como um morto aceita toda a responsabilidade que lhe imputam.

O acidente aéreo ocorrido agora tem um novo e previsível vilão: o piloto. As tais manetes não foram manipuladas devidamente, pelo piloto, durante o procedimento de aterrisagem, segundo as novas informações dos investigadores.

Culpar o piloto tão somente pelo desastre é uma saída cômoda por todos os interessados comerciais e políticos envolvidos. A dona do avião se livra de processos pesados, a fabricante do avião não risca sua reputação, já a Infraero e Anac se livram do ônus de responderem pela desastrosa reforma da pista. Aliás, cômodo é jogar para debaixo do tapete o caos aéreo que vivemos pondo a culpa no coitado do piloto.

Se o piloto errou ou realizou algum procedimento equivocado será mesmo que é o grande e único responsável? Os especialistas em desastre aéreo são unânimes em afirmar que é uma conjunção de fatores que levam a acidentes deste vulto.

Pista molhada e escorregadia, stress por carga horária, stress da aeronave, peso no máximo permitido, pista curta, área de escape inexistente, controle de tráfego caótico, reverso desativado, etc, etc.

A caixa-preta vai mesmo servir apenas para ter a cor laranja e continuarmos chamá-la de "caixa-preta". Estarão escondendo mais informações?

"A força da grana destrói e constrói coisas belas" já dizia Caetano Veloso. Vidas foram carbonizadas e a força de interesses escusos estão abafando o ponto principal disso tudo: morreram pessoas e estas não voltam mais, tudo por culpa de vários fatores. O piloto não pode ser responsabilizado solitariamente por enfiar o avião naquele prédio.

Anos e horas de vôo, treinamentos, procedimentos contingenciais, equipe de pilotagem,computadores de bordo, fora o fato deste tipo de avião "pousar sozinho" como diz a própria empresa fabricante.

Os mortos não voltam para reclamar seu quinhão, mas o coitado do espírito deste piloto deve já estar chorando com a injustiça. E seus familiares então? Quantas vezes o piloto ausentou-se de seus familiares para realizar cursos e mais cursos de reciclagem, quanta dedicação foi dispendida por ele?

Se ele pudesse psicografar o seu relato, certamente iria ter coisas destoantes em relação ao que tudo se supõe e dizem. E por que um morto iriam mentir se ele já pagou o preço mais caro entre todos os envolvidos e possíveis responsáveis?

à memória da equipe deste vôo peço que a Justiça Divina se faça presente
ps.: não estou sendo parcialista, mas sabe-se que a corda arrebenta para os menos protegidos.

quarta-feira, julho 18, 2007

Terrorismo brasileiro




A cena é bem parecida:

Um jato carregado de passageiros e combustível se chocando contra um prédio...
Caos, morte, desespero, dor, medo, insegurança e falta de informação.

Mas, as semelhanças não param aí:

No "11 de setembro" havia a intenção disso ocorrer. Em 17/julho/2007 também! Ou o aeroporto urbano paulista já não está apresentando falhas inúmeras e um dia antes a derrapagem do avião bi-motor não é aviso claro de que alguma coisa iria acontecer e ninguém (autoridades) fez nada?

Não param por aí as semelhanças: os dois casos foram de assassinato em massa de pessoas indefesas dentro de um avião. Não é um acidente o que ocorreu em Congonhas, foi assassinato.

O acidente com o Gol em setembro passado foi o Iceberg sendo remexido mostrando uma desordem causada por incompetência, corrupção e descaso. Daquele acidente sairam mais de 150 vítimas fatais e dois pobres controladores bodes-expiatórios. Quem mais foi incriminado? Os pilotos americanos estão muito bem e com pinta de heróis.

Caos generalizado no controle de tráfego aéreo causando atrasos e prejuízos à população. Quem foi incriminado? Ninguém ! Ainda tivemos que ouvir de um famoso ministro que isso era sinal de prosperidade!

E o acidente de ontem (17/jul)? Prosperidade também? Ah sim! As pessoas morrem agora de acidente aéreo e não mais de automóvel, sinal de prosperidade!

O terrorismo não pára por aqui e certamente mais gente vai pagar com a vida em função da falta de competência e principalmente por impunidade às autoridades responsáveis por estes tipos de ocorrências.

É uma pena que mesmo com a "bola cantada" deixou-se que mortes ocorressem, para agora tentar correr atrás do prejuizo. E que prejuízo !

domingo, julho 15, 2007

Fragmentos de vida

As músicas e poemas falam por mim...




A vontade de dançar traduzida pela letra Bandolins...



"Valsando, como valsa uma criança

Que entra na roda

A noite tá no fim

E ela valsando só na madrugada

Se julgando amada ao som dos bandolins"




E a "Metade" que traduz o par pefeito, o amor completo, as almas gêmeas...



"Porque metade de mim é o que eu penso e a outra
metade é um vulcão"






Resta essa faculdade incoercível de sonhar

De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade

De aceitá-la tal como é, e essa visão

Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante


(O Haver - Vinícius de Moraes)





"O que é que a gente não faz por amor?" Já que "a minha
estrada corre pro seu mar..."




[...]





Oro pelo mundo, para que cesse essa violência estampada nos jornais e naquelas
escondidas nos pequenos, mas mesquinhos gestos:



"Tanta gente se esqueceu que o amor só traz o bem.
Que a covardia é surda e só ouve o que convém. Mas meu Amigo volte logo ..."

porque Todos estão surdos...



Fugir deste louco mundo das cidades grandes e sentir o
chuvisco na chapada, beber os elixires de amarilis e tomar um banho no "véu de
noiva de água virgem me elevar, envolver a sua ducha me deu vertigem
"...
Na Chapada de Tetê Espíndola.



Entretanto, de todas as músicas, a que fala mais de mim e por mim, é "Sangue Latino" dos Secos e
Molhados.





Minha vida, meus mortos,
meus caminhos tortos,

Meu sangue
latino, minha alma cativa



Rompi
tratados, traí os ritos

Quebrei a lança, lancei no espaço

Um grito, um
desabafo



E o que me importa é não estar vencido

Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,








Apenas um grito, um desabafo, mas vencido não estou...

quarta-feira, julho 11, 2007

A difícil arte de comunicar-se

Algumas coisas diferenciam o gênero humano dos demais animais. Além da capacidade de raciocinar, ter noção do tempo, ainda temos outras mais que nos faz diferentes. A comunicação verbal estruturada em palavras é uma ferramenta altamente desenvolvida pelo ser humano.


Apesar dessa vantagem que temos, há nessa complexa linguagem meandros e armadilhas que muitas vezes nos pregam peças. Há também limitações nas palavras que não conseguem sublimar idéias, pensamentos e principalmente sentimentos.

Colocamos, em muitas vezes, tudo a perder ou por ter dito erradamente o que pensávamos ou não ter encontrado uma frase ou um parágrafo que pudesse expressar exatamente o que queríamos. Ficamos mudos quando a nossa incapacidade de comunicação é gritante.

Outra coisa que trunca ou cria distorções em nossas comunicações verbais é a impulsividade criada pelos nossos sentimentos. Colocamos o carro na frente dos bois e destruimos muitas coisas que se levou um tempão para ser construída, principalmente as relações.

Por isso que pensamos tanto, ensaiamos tanto antes de falar algo e muitas vezes apenas o silêncio vem como consolo pela inabilidade de expressar o que desejávamos colocar em público.

Invejamos aos oradores, aos contadores de anetodas, aos apresentadores, aqueles que saem com uma boa "tirada" e convence ou agrada a todos. Parece que estão num nível evoluído ao nosso.

Os poetas, compositores e contadores de estórias nem se fala! Estes vieram de outros mundos, devem ser extraterrestres. Puxa!

Como podem sintetizar tantas coisas em simples frase?

Ler, escrever, ouvir e perceber são caminhos que ajudam na difícil comunicação verbal.


Tente descrever algum sentimento seu em palavras escritas e verá como é difícil tal tarefa.


Tente descrever um sabor de algum alimento, não pelas características químicas (doce, salgado, azedo, etc) mas pelas sensações que causam em sua boca, paladar e no prazer que dão.

Até mesmo escrever este post, tentando dizer o quão difícil
é expressar-se por palavras, é um desafio que espero ao menos fazer meus diletos leitores refletirem a respeito.

segunda-feira, julho 02, 2007

Patriotismo

Conhece as palavras abaixo?
Sabe o significado de cada uma delas?
Já ouvir falar delas?

plácidas
retumbante
fúlgidos
penhor
vívido
impávido
colosso
esplêndido
Fulguras
florão
garrida
lábaro
clava

Se as suas respostas foram negativas, não se preocupe. Mais alguns milhões de brasileiros negam às perguntas.

Essas palavras fazem parte da letra do hino nacional do Brasil

Há aqueles que julgam que é patriotismo saber cantar o hino nacional. Mas, o que é patriotismo de verdade?
Nossas matas estão devastadas, nós invadimos os "Nossos bosques que tinham mais vida"
Nós respeitamos nossos rios, nossas águas?

"Paz no futuro e glória no passado"?

Com a corrupção instalada no seio da cultura brasileira?
Glória em que passado? Na ditadura? Nos escândalos políticos?
Que futuro temos?

O nosso hino nacional há tempos (se que teve mesmo esse tempo) está desatualizado e duvido que consigamos um dia estarmos de acordo com a letra deste tão incompreendido hino nacional.

Patriota é aquele quem ama sua pátria, sua nação, seu povo, sua cultura. Fácil se dizer patriota quando se sabe "male-má" cantar o hino nacional.

Se quiser arriscar, segue a letra do hino nacional:

HINO NACIONAL
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva


Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!



Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

quarta-feira, junho 27, 2007

A Prosperidade


É claro que o político tem visão mais ampla do que a nossa!


Um deles, recentemente ao dar a sua abalizada opinião sobre o caos aéreo em nosso país - um problema de falta infra-estrutura adequada neste solo brasileiro, diz que o que está acontecendo é fruto da prosperidade econômica aqui. Como agora tem mais gente comprando passagens aéreas, na visão deste sábio político, ocorre o velho problema da demanda e procura: vai faltar avião!!


Mais alguns sinais de properidade:


Há mais balas perdidas encontrando corpos da população! Claro! Deve ser porque sobram balas em nosso país, já que somos um povo pacífico que não fazemos guerras.


Há mais acidentes de automóveis em nossas estradas! Claro! O crédito possibilidade que mais gente compre carros através de financiamentos longos e por ter mais carros, a teoria da probabilidade que não desmente diz que a chance de ocorrerem mais acidentes nas estradas e ruas é maior. Sinal de franca prosperidade.


Há uma falência no sistema previdenciário público. Não há mais dinheiro. Claro! As pessoas tem maior expectativa de vida, chegam a avançar cada vez mais na idade. Mais idosos, mais aposentados. Sinal de prosperidade...


Há mais favelas nas metrópoles! Claro! Se há empregos para todos, é sinal que todo mundo vai para as grandes cidade começar a vida e daí crescer e prosperar.


Há mais vínculos de amizade dos políticos brasileiros com países vizinhos nossos. Hugo Chavez é um própero amigo...


Há mais casos de superlotação e falência nos hospitais públicos. Claro! Sinal de que se as pessoas lotam esses hospitais é porque os serviços de saúde pública são excelentes porque senão o povo fazia mesmo um plano de saúde particular. Prosperidade!


Há mais CPIs tramitando nas duas "casas" parlamentares. Claro! Sinal que a investigação é mais eficiente e que há uma vontade dos políticos de esclarecer tudo, coibindo essa desmoralização. Sinal de prosperidade dos donos de pizzarias.


Há mais pobres do que ricos no país. Claro! Sinal que a distribuição de renda entre os pobres está melhor distribuída. E entre ricos também.


Há mais brasileiros adentrando para o Cirque du Soleil. Claro! Somos feitos de palhaços o tempo todo e só poderíamos nos especializar nisso. Sinal de prosperidade.

quinta-feira, junho 21, 2007

Elementais

Fadas, Gnomos, Duendes, Trolls, Salamandras, Silfos, Ondinas, entre outros nomes lembram a muitos os contos sobre esses seres ligados às lendas, mitos e crendices populares. Muito gente desacredita a existência dos Elementais - nome dado às classes de seres existentes em nosso locus planetário, que ainda não atingiram o grau humanóide.

Sim, torça o nariz, mas eles existem! Entre o céu e a terra há mais coisas que a vã filosofia humana sonha, já dizia William Shakespeare. O mundo da matéria é apenas uma das porções existentes neste universo material que conhecemos.

Evidentemente que pintam esses elementais de acordo com a imaginação das pessoas, muitas vezes sonhadoras demais. As imagens que conhecemos deles são bem limitadas e pouco conseguem reproduzir de fato quem e como são esses Elementais.

Os elementais estão classificados em função aos elementos básicos da natureza: Terra, Ar, Fogo, Água e cada uma desses elementos determinam a forma, característica e funcionalidade destes seres pré-humanos.

São, seja qual o elemento, comandados por espíritos de elevada escol, responsáveis pelos mecanismos da harmonia terrestre.

Há pessoas que consagram-se nas magias e acabam utilizando esta força natural que são os elementais.

Podemos, pobres humanos, também desfrutar de algumas coisas que estes pequeninos seres oferecem, já que eles têm trabalhos específicos a realizar. Desfrutamos das emanações energéticas da natureza.

Sinos de vento, cataventos, cristais, fontes, incensos, plantas, velas, músicas suaves, frutas, mel, deixar os raios solares entrar em nos lar, entre outros, são mecanismos de atração destes elementais. Claro que em cidades grandes, fica bem difícil encontrá-los da mesma forma que em lugares ainda pouco populosos.

O certo é que acreditando neles ou não eles cumprem sua parte na natureza, inclusive preservando-a constantemente - coisa que nós humanos, mais evoluídos, não conseguimos ultimamente fazer.

Quer contato com esses elementais? Vá mais a parques, bosques, matas, cachoeiras, praias, rios que tenham pouca ou nenhuma poluição. Oferenda-os de acordo com o elemento natural.

Há uma certa confusão e discussão sobre Elementais e Elementares. Alguns dizem que Elementais são seres sem "alma", criações de mentes, como súcubos e incubos e outras formas-pensamento. E Elementares seriam os seres que cito neste post. Bem, tanto faz a nomenclatura. Faz conta sim é saber que há seres nesta fase evolucionária terrestre.

Mais informações no site abaixo ou em qualquer site encontrado nos "googles" da vida
http://www.portalangels.com/elementais.htm

quarta-feira, junho 13, 2007

Laroiê Santo Antonio



Santo Antônio é conhecido como Santo de Lisboa (Portugal). Por ter nascido nessa cidade portuguesa, e também como o santo de Pádua, por ter morrido em Pádua (Itália).

Fiel imitador de Cristo, humilde, carismático e taumaturgo, foi um exímio pregador do Evangelho. Amante da pobreza e dos pobres, defendia os deserdados e explorados.

Discípulo de São Francisco, seu pai espiritual, Antônio também amava a natureza e a solidão.


Quando não era ouvido pelas pessoas, dirigia-se às aves e aos peixes.Passava muitos dias em meditação e oração em lugares afastados, longe do barulho e da agitação das cidades.

Enquanto rezava em um desses eremitérios, recebeu a visita do Menino Jesus. Em razão dessa aparição, Santo Antônio é representado carregando o Menino Jesus nos braços.

O lírio que aparece nos braços ou nos pés, é o símbolo da pureza. A sua mensagem de fé e de amor para com Deus e a sua caridade para com os pobres continuam atuais.

Sal da terra e luz do mundo, Santo Antônio é tão procurado pelas pessoas que se tornou um dos santos mais populares do mundo.

Conhecido, carinhosamente, como Antoninho, Santo Antônio tem fama de casamenteiro. Dizem que as simpatias evocadas em seu nome dão certo. Claro que tudo isso faz parte das supertições bem características do povo brasileiro. Talvez pela mistura de raças e crenças, não sabemos, mas a posição que temos diante dessas brincadeiras, vamos chamar assim, é a grande necessidade das pessoas conseguirem uma fórmula para tudo na vida.

1 – Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.

2 – Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.

3 – Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.

4 – O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus.

5 – Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão.

6 – À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água e o coloque no

sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento está próximo.

7 – Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com alguém de idade avançada.

8 – A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.

9 – Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.

Na umbanda, no Rio de Janeiro, Santo Antônio é identificado com Bará, um dos títulos de Exu ligado ao destino individual, e com Verequete, orixá do raio e que abre caminhos para os deuses do seu grupo. Há um ponto(canto) de abertura(próprio de Exu):
Santo Antônio é de ouro fino/ suspende a bandeira/ e vamos trabalhar.

No batuque do Rio Grande do Sul, é identificado com Exu, o anjo/mensageiro entre os Deuses e os homens. Exu abre caminhos e é encontrado nas encruzilhadas. Diversas orações tradicionais de Santo Antônio dizem: "Ele nos guia no bom caminho". Exu leva recados e dá recados, como Santo Antônio. Traz as respostas da adivinhação no jogo de Ifá. Sem Exu nada se pode fazer. Tanto protege como castiga, quando as pessoas não cumprem as obrigações. Isto nos lembra o Santo Antônio malino da fé dos pobres.

segunda-feira, junho 11, 2007

Pesque e solte

Esses episódios todos das Operações Navalha, Xeque-Mate, Apagão Aéreo, empreiteiras e políticos corruptos e corruptores, me lembram aqueles locais montados para a diversão de quem gosta de pescaria sem precisar ir na beira do rio, os famosos "Pesque e Pague".

Nestes locais a pessoa tem a oportunidade de na beira de um lago, montar sua cadeirinha, sua suposta tralha de pesca, a cervejinha e molhar a minhoca. Pode até mesmo sair com uns peixes de baixo do braço, se quiser pagar por eles. O negócio funciona na base de se pescar, pega, pesa, paga e leva. Pescou, levou!

Mas, brasileiro malandro que se preza tem o jeitinho de pescar e levar só aquilo que quiser, soltando os peixes sem que o dono do lugar veja. Fica brincando o dia todo e leva só o que achar melhor, afinal tem que mostrar para a patroa que passou o dia todo fora para pescar.

Normalmente os peixes maiores são, na malícia, devolvidos para o tanque (depois da foto, claro) já que o quilo de peixe nestes locais é caro.

Fazendo a analogia, concluo que não é que a polícia federal é o pescador, pegando peixões e peixinhos, mas, por um passe de mágica, os graudões vão de volta para o tanque de engorda? Somem! Desaparecem! Sobram apenas uns lambarizinhos para ir para a frigideira.

É o "Pesque e Solte" do Brasil. Quanto maior o peixe, mais rápido voltam pra engorda, no máximo saem no noticiário.

segunda-feira, junho 04, 2007

A vida é assim

Tem coisas que a vida tira de nós...
A infância e seus anos inocentes...
A adolescência e os beijos trocados...
A vitalidade e as guerras conquistadoras...
A juventude...
Um amigo...
Retratos..
Paixões...
Um amor...
A nossa vida...


Mas existem outras que ninguém, nem os nossos próprios atos podem tirar de nós...
As recordações infantis, com seus heróis e monstros...
As lembranças dos namoricos da flôr da idade...
O gosto do "sim" de um altar...
A emoção de ser pai ou mãe...
A maturidade que se adquire...
As sensações de uma grande noite...
A intensidade de um grande amor...
O amor que se sente...
Datas especiais...
Imagens guardadas...
A história de uma vida...

E o que não é a vida se não essa constante troca que ela faz conosco : ela tira mas dá, ela dá mas nos tira?

Esse apaixonante embate e negociação é que compõe a essência e o elemento de uma alma e esta, para onde quer que for (para o nada ou para o Universo Maior) levará a si mesma e tudo que ela conseguiu carregar como lembranças, impressões, vivências e comemorações.

A Eternidade não é a sucessão infinita do tempo, mas a infinidade que a vida caminha em todo e qualquer momento...

domingo, junho 03, 2007

O melhor do frio

A maioria das pessoas detesta o inverno, por ser uma estação que traz o sofrimento da dificuldade de acordar cedo, de entrar e também sair do banho, de deitar na cama, de vestir-se, de enfrentar um trajeto até o trabalho e da indisposição e até tristeza que ficam algumas pessoas.

Mas, o frio também tem a parte boa:

Há o calor do abraço
As taças de vinho
O calor da lareira
Edredons
Mãos trocadas
Muitas pessoas vestem-se de modo elegante
Há um bucolismo nas matizes do dia
O sono mais profundo
Passa-se mais tempo com os familiares
Pizzas
Livros
Neve
Geada (ao menos a paisagem branca magnífica)
O calor humano
E dentre outras coisas, a preocupação de algumas pessoas em fazer sua parte ao próximo, doando agasalho (mesmo que algumas apenas o fazem quando há roupas velhas).
Fogueiras
Quentão
Pipoca
Cachecol

Namorar, amar, apaixonar-se e viver a intensidade calorosa de uma relação, ainda mais se esta relação é madura, duradoura e traz a felicidade.

O frio pode ter suas desvantagens, entretanto, as noites são mais bonitas, as tardes com cores perfeitas e o dia com céu azul profundo.

sexta-feira, junho 01, 2007

Ária de mandingado

Quiseram me derrubar
meu Deus caminhou comigo
Provocaram a ira nos portais do inferno
Intentando contra mim
Mas as chamas divinas
combateram o fogo demoníaco

Vendaval alijado pela brisa dos céus
Escamas partidas de monstruosas figuras
Torvelino de forças se mediam
Batalha incessante se travou

A quem quieto está a defesa chegou
Chispas haviam me alcançado
Porque débitos eu merecia
E o limiar da batalha brotava

Nome meu do sagrado para o altar vil
Para que captassem a vítima
Malta se levantou
Numa torrente de pesadelo

Poder algum pode contra os filhos da Luz
Guardiões se postaram
Espadas douradas o ar cortou
Derribando cabeças e seres

Recado foi dado
Não se mexe na cumbuca
Sem se queimar
Não se carrega patiguá
Se medrar pela mandiga

segunda-feira, maio 28, 2007

Especialmente você

Hoje você pode tudo!
Deixe que sua auto-estima conduza sua pessoa aos lugares que te deêm a verdadeira sensação de ser uma pessoa maravilhosa.
Hoje é seu dia!Dia de permitir-se, dia de fazer algo só para você, sem dor na consciência.
Você quer e você pode!
Presenteie-se com aquilo que levantará seu alto astral.
Dias especiais assim somente acontecem raramente.
Não titubeie, corra atrás de seu sonho imediato.
Pense que você é cria da terra e do Universo e estes projetaram você para que você possa, vença e galgue melhores degraus.
Suas esperanças podem se concretizar, basta você desejar, colocar em ação e aguardar os resultados.
Pense que você pode, que você é especial. Afinal, você, de fato, é especial.
Alguém lhe vê assim, além de Deus.Você é especial porque é único, cria ímpar do universo divino.

quinta-feira, maio 24, 2007

Salve Santa Sara!


Hoje e amanhã (24 e 25 de maio) homenageia-se a SANTA SARA KALI, a cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou Santa
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.

Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar.
Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.

Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.

Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana) "Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon - Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: "Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço).

Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem.

E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos.

Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo.
A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco).

Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
Salve Santa Sara!

segunda-feira, maio 21, 2007

Navalha na carne

Uma vez mais veremos a mesma cena:
Uma pizzaria onde senhores e excelências comemorarão a impunidade. Nada de inquéritos criminais que cheguem até o fim.

Mais um esquema de fraude a licitações e obras públicas que ninguém viu e ninguém sabe. Comissões de ética que levam até às pizzas.

Mas, a tal "Operação" que tenta desbaratar as baratas (seres asquerosos), me lembrou um instrumento que é uma arma branca, usada em várias ocasiões da história, a Navalha.

A navalha é uma arma carregada de simbolismo, tendo sido usada por mafiosos italianos até meados do século XX, e ainda se mantendo presente em certas regiões de grandes cidades com presença da máfia italiana.

Máfia italiana leva-nos à máfia dos trópicos e à malandragem. Aliás parece estar em nossa cultura a raiz deste mal: a malandragem impune.

O malandro condensa em suas características o contexto social do Rio de Janeiro de fins do século XIX e início do século XX. O malandro era um desocupado que vivia de bicos ou serviços de "proteção" para prostitutas ou moradores e comerciantes de determinada região. Ia dormir já com o sol, acordava ao meio-dia e saía para a rua. Carregava sempre consigo o chapéu e a navalha. Os malandros faziam parte de organizações do submundo urbano. O malandro nunca usava arma de fogo, só navalha, que sempre carregava no bolso fundo de sua calça branca larga e de boca estreita, junto com o dinheiro, baralho de cartas marcadas e fumo. O paletó do malandro deveria estar sempre aberto. Compunham ainda o figurino a camisa e o lenço de seda que, segundo a lenda, cegava o fio da navalha e a botina de bico fino. O jeito de capoeirista fica evidente no gingado do andar, que permite rapidamente a posição de combate. Além da seda, o chapéu na mão esquerda também servia como defesa nas lutas.

Enfim, hoje vemos malandros paramentados igualmente ao boemio dos séculos anteriores. Terno, gravata, ginga e a navalha para explorar e viver de bicos e favores, marmotagens e outras contravenções. Impunidade é o toque especial que diferencia este malandro do século XXI.

Um excelentíssimo deputado nos deu um conselho sábio : "o povo precisa colocar tranca nas portas..."

domingo, maio 20, 2007

Admirável e imitado mundo novo

O nome é Second Life (Segunda Vida - http://www.secondlife.com)

O ser humano reinventa o mundo físico que ele habita dentro da era e área digital - a Web. Brinca de Deus, mas se comporta pior do que já é no mundo real.

Trata-se de um mundo criado dentro da internet, onde bits (0 e 1) são os personagens (ou peles de cordeiros) que o ser humano "veste" ou cria para interagir com outros humanos digitalizados.

É um mundo do faz-de-conta, mas com economia (tem até moeda própria - o Linden dollar (L$) que equivale a um pouco mais que US$200). Tudo de mentirinha, exceto que para ter dinheiros e outros bens neste mundo, o internauta tem que trocar dinheiro de verdade pelo L$.

Tem gente faturando rios de dinheiro (de verdade) vendendo terreno (espaço digital) para os outros! Isso me lembra o velho Bezerra da Silva que dizia "malandro é malandro, mané é mané" e "só existe malandro neste mundo porque tem mané".

As pessoas pagam para jogar e divertir-se. criando seus personagens ou avatares. Elas podem imitar a vida, drogando-se, dançando, praticando crimes e até fazendo sexo digital.

Onde isso tudo leva? À constatação de que alguns seres humanos podem ser tão criativos quanto imbecis.

quarta-feira, maio 09, 2007

Que Deus (que não é brasileiro) nos abençoe!

Este país é mesmo a casa da sogra...

Mais uma vez uso o meu blog para expressar o meu descontentamento com o que ocorre aqui nesta "terrinha".

Enquanto a Vossa Santidade Papa Bento XVI aporta neste país tupiniquim, nossos excelentíssimos senhores políticos aprovam, em caráter de urgência aumentos salariais para os poderes Executivo e Legislativo. Tudo isso na "calada da noite" para que enquanto o povo está narcotizado pela visita do "Papito", prestando atenção no trajeto do Papamovel, não desviasse a atenção para o show de malabarismo do político corporativista, em que dão aumento para eles mesmos!

O nosso ilustríssimo presidente popular, que veio do povo, passa agora a ganhar R$ 11.420,21.
O vice-presidente (aquela figura que ninguém sabe para que serve), vai ganhar R$ 10.748, 43.
E os senhores e senhoras deputados federais passarão a embolsar (livrinho da silva), R$ 16.500 !
Que lindo!

29,81% e o quarto ajuste no salário de nosso presidente do povo.
Ah! E para ajudar no quadro, os dois maiores bancos privados deste país dirigido por um partido do povo, faturaram juntos quase 3,6 bilhões neste último trimestre. Também com as taxas de juros exorbitantes que cobram em suas transações, esfolando o povo...
Quem está ganhando com este governo populista? O povo? Ou o polvo (os tentáculos safados)?

Que ao menos a hóstia papal saia de graça para esse povo que só sabe dizer amém...

segunda-feira, maio 07, 2007

Para que tudo isso?

Para que se tem a sirene e se corre tanto se sabe onde estão os bandidos?

Para que a justiça humana se os magestrados se venderam defendendo bandidos?

Para que sistema de identificação por digitais se os malandros estão engravatados e colocam suas mãos em qualquer lugar impunimente?

Para que devemos seguir leis se a corrupção está institucionalizada?

Para que o brio da honestidade se os exemplos governantes são charco e lama?

Para que a educação e cultura se o erudito usa de sua inteligência para salafrarear?

Para que temer o inferno se o diabo se veste de terno e gravata e é de carne e osso?

Para que ter fé num mundo melhor se as bases de uma nação se perdeu em chafurdamentos?

Para que prender bandidinhos ladrões de galinhas? Para dar o exemplo? De quê?

Para que escolher tanto e votar se o bandido vai se diplomar de qualquer modo, basta que lhe demos poderes para ele desmascarar-se?

Para que ser cidadão se a sua contribuição vai para cofres abarrotados de pilhagens?

Para que um povo, um país, uma nação se o mínimo de respeito não existe, valendo só a marmotagem?

Para que advogados se a sentença já está dada: pobre apodrece na cadeia, rico ladrão ri em liberdade?

sábado, maio 05, 2007

Pérolas de Woody Allen

As vantagens do nudismo saltam aos olhos

A maconha causa perda de memória e outra coisa que não lembro.

Morrer é como dormir, mas sem levantar-se para fazer xixi.

A inatividade sexual é perigosa e pode produzir cornos.

Hoje em dia a fidelidade só se vê em equipamento de som.

O negócio mais exposto a quebra é da venda de cristaleiras.

Alguns casamentos acabam bem, outros duram toda a vida.

O casamento é como a caderneta de poupança, de tanto botar e tirar se perdem os rendimentos.

Qual o animal que depois de morto dá muitas voltas? O frango assado.

Quando um médico erra,o melhor é colocar terra por cima.

O eco sempre tem a última palavra.

Nos aviões,o tempo passa voando.

Os mosquitos morrem entre aplausos.

Solucionar problemas econômicos é fácil: basta ter dinheiro.

Desfrute o dia, até que um imbecil o estrague.

É curioso que se chame de sexo oral uma prática que o que menos se pode é falar.

quarta-feira, maio 02, 2007

Que modelo devo seguir de felicidade?

As dificuldades que enfrentamos para obter nossas realizações aparecem no primeiro instante que passamos a criar, a imaginar, a sonhar um determinado sonho.

Logo nossa mente é invadida por "senões" ("E se isso não der certo?", "E se aquilo não...?"), por "achismos" ("Ih! Eu acho que não vai dar...", "Acho melhor..."), por "serás" ("Será que vai...?").

Dúvidas nos faz refletir, pensar. O processo de realização de algo passa por essa etapa, porque queremos cercar todas as possibilidades, ou desvendar os mistérios das dificuldades que aparentam maior preocupação.

Fazer as coisas sem pensar, de fato, é insensatez. Ter algum tipo de receio, temor ou fraqueza, também é louvável. Ninguém é tão capaz de fazer algo novo sem um pingo de medo ou receio.Mas, grande parte das dificuldades que enfrentamos não estão no mundo, no lado exterior de nós.

As dificuldades são crias nossas, são "monstrinhos" que nós mesmos criamos e damos o aspecto, tamanho e longevidade que quisermos.Isso mesmo! Nós mesmos quem jogamos contra as nossas realizações, nossas felicidades.
Dentro de nós há um cara chamado Ego e este têm planos sempre de destruir a nossa felicidade. Damos a ele a possibilidade dele tolher nossos passos.

Dizemos que não somos felizes, por exemplo, porque somos gordos, quando na verdade não é a obesidade que nos torna infelizes, mas sim o nosso modo de encarar a nós mesmos, não aceitando, que não temos corpos esculpidos para a beleza externa.

Somos o que somos e deveríamos aceitar-nos, livrando-nos das amarras que nosso próprio Ego nos condiciona: só seremos felizes se seguirmos modelos impostos e por nosso ego aceito. Modelos de beleza corporal, modelo de família feliz, modelo de homem/mulher de sucesso financeiro, entre outros.

Daí para frente, colocamos medos dentro de nós dizendo a nós mesmos que é impossível ser feliz já que não seguimos tal modelo.

Não damos passos em direção oposta daquela que as pessoas exigem de nós, ou seja, que sigamos sempre modelos. Não abandonamos aquela velha e desgastada relação porque a família vai pensar o que de nós?

Não fazemos aquela sonhada faculdade, porque os pais querem e exigem que sejamos médicos (realizando os sonhos ou clichês que eles mesmos não conseguiram seguir).

Então, a felicidade está ao nosso alcance, que, com o nosso próprio esforço somos capazes de alcançá-la. Basta que não sigamos modelos e o Ego.
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