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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O universo feminino

clique na imagem para ampliar a complexidade deste mundo desafiador(para os homens)...

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O "Não" já temos

Parodoxo é o pensamento humano que teme errar, quando a humanidade e sua evolução aprendeu errando, arriscando.Justificável é esse temor, entretanto, isso que faz as pessoas serem maravilhosas ou detestáveis.
Errar é parte da condição humana.
Mensurar riscos, evitar obstáculos apenas são suposições e exercícios mentais que se faz e se dá o nome de planejamento, incluindo o plano "B" ou plano de contingência, mas erra-se inclusive em planejar.

Assintindo pela enésima vez o "Homem Bicentenário", prestei atenção na moça pela qual o robô Andrew se enamora pede a ele, quase implorando :
"Andrew, errar é que nos faz ser humanos, arriscar-se de vez em quando é que faz do ser humano diferente", justamente porque ela iria casar-se com outro homem e o Andrew estava respeitando isso e não quebrando regras e ela desesperada para que Andrew a quisesse mesmo que eles precisassem arriscar-se.

Nós já temos de cara e antecipadamente o "Não" quando vamos pedir alguma coisa, mas tememos por esse "Não".
Antes de fazer um pedido, criar uma situação ou mesmo tomar uma decisão, devemos considerar que o "Não" já está dado, bastando apenas conquistar o "Sim" e se mesmo esse "Sim" não vier já sabemos de antemão o que é o "Não".

Então para que temer tanto se o "Não" já temos nesta vida?

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Uma noite com os demônios

Tive uma noite atormentada, povoada por demônios, seres infernais que com seus tridentes espetavam-me até tingir minhas lágrimas de sangue e derribar meus últimos esforços em manter-me longe de minha própria consciência.

Assim é a consciência de uma pessoa devedora perante às Leis Divinas: envolta em seu próprio inferno particular, criado pela dor da consciência, pelo remorso, pela culpabilidade, pelo arrependimento, mas que nada mais possa fazer para desfazer seus próprios erros e desatinos.

Um desafio diário é lidar com isso tudo procurando o aprendizado, tirando das lições penosas a Luz.

Bendito foi Deus que nos proveu de consciência própria, despida de parcialidades e exímia juiza.

Ao final da noite, quando o dia clareava, pude ler o trecho abaixo, contido no livro O Céu e o Inferno - Allan Kardec:

"Assim, pode o homem, a despeito da sua criminalidade, possuir um progresso interno e elevar-se acima da espessa atmosfera das baixas camadas, isto pelas faculdades intelectuais sutilizadas, embora tivesse, sob o jugo das paixões, procedido como um bruto.
A ausência de ponderação, o desequilíbrio entre o progresso moral e o intelectual, produzem essas tão freqüentes anomalias nas épocas de materialismo e transição.
A luz que tortura o Espírito é, portanto e precisamente, o raio espiritual inundando de claridades os secretos recessos do seu orgulho e descobrindo-lhe a inanidade do seu fragmentário ser.
Aí estão os primeiros sintomas, as primeiras angústias da agonia espiritual, e que prenunciam a dissolução dos elementos intelectuais e materiais componentes da primitiva dualidade humana, e que devem desaparecer na unidade grandiosa do ser acabado. "
Jean Reynaud.

Nem chifres e nem caudas são mais assustadores do que as próprias reminiscências doentias...

Perdão meu Deus!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

O Encontro das Águas

Havia um sussurro no ar
Um brisa refrigerante na mente
Alguma coisa estava a acontecer
Desenhava-se um novo rumo
Sem pedir licença aos atores
O frio gostoso na espinha
Escondia os primeiros sinais da franqueza do coração

Obsessivamente os pensamentos dirigiam-se para um só lugar
O objeto dos sonhos ia tomando forma
Inevitável momento chegava
Era hora de amar...
Hora de viver a intensidade da vida
Viver por aquilo que uma alma tanto procura

Laços se estreitam, vigilância se afrouxa
Primorosamente se vestia para agradar
Vontade imensa de mais um dia clarear
Para saciar a sede do encontro

Nada mais importava a não ser se entregar
Não havia o que esconder depois da declaração aberta
O medo não do desconhecido se descortinava,
Mas era o medo de que aquilo não fosse verdade
Medo de acabar algo que vibrava tão intensamente

E então o amor se instalou
Fez sua morada dentro das almas
Selando o limiar de uma jovem e bela história
Que não tem fim, só novas páginas se acrescentando a cada dia

O amor é assim, somente início, somente mudanças

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Pequena forma de lhe dizer algo

Quando o meu pensamento chega a criar a sua imagem, passo a sentir uma enorme felicidade.

Invade um bem-estar indescritível em meu ser.

Uma grande vontade de vê-la, nem sempre é-me possível, recorro, então, às lembranças.

Lembranças que agradam tanto minh'alma.

Seu sorriso...Sorriso sempre franco e acompanhado de sensibilidade.

Seus olhos me hipnotizam.

O meu coração vibra de amor.

Sua beleza não me sai da mente.

E a mente gera novos pensamentos.

E pensamentos voltam a fazer todo o ciclo....

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

A evolução humana

Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar.

Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.

Sorrio para esconder minhas tristezas. Demonstro atitudes polidas para esconder as atitudes errôneas que tive a capacidade de engendrar.

Me faço mais apresentável porque em meu âmago escondo meus defeitos.

Meu carro possante e brilhante são a couraça que recobre a minha inferioridade.

Palavras bonitas para esconder palavrões que solto quando meu ego é atingido. Sou a perfeita imperfeição disfarçado na imagem do bom moço.

Quantas são as "cirurgias plásticas" que fiz para negar a mim mesmo o horror que tenho da morte, da velhice? Quero o meu belo corpo sempre, idolatro as boas formas físicas, sem
rugas, imbátiveis frente à passagem do tempo.

Hipocrisia é o lema para parecer melhor, mais bonito, mais apresentável, mais humano, daquilo que a minha animalidade, minha instintividade, minha mesquinhez, meus ataques ególatras de fato são.

Não choro para não demonstrar minha verdadeira condição de fraco como qualquer um. Digo "não" ao auxílio de outrem só para demonstrar que estou por cima do controle de meus problemas e nada me atinge.

Nego a Deus para não me submeter a nenhum ser superior a mim, mas de fato sou um rastejante verme da lama imunda dessa sociedade mentirosa e exigente quanto à forma e sem importância alguma ao conteúdo.

Sou a casca social: bonito por fora, podre por dentro.

Minhas gravatas italianas disfarçam o engolir a seco quando a minha consciência prega peças momentâneas, cobrando-me integridade, humanidade, honestidade e verdade.

As marcas mais famosas apenas denotam que corro atrás da imagem, não me importando com a funcionalidade, utilidade ou qualidade.

A minha sede de poder me faz uma ave de rapina, um trator que esmaga tudo à sua frente.

Este é o estado evolutivo que a sociedade moderna chegou. Século XXI e corações de bárbaros.

O "Juizo Final" está decretado pela própria ilusão humana de sentir-se a raça superior.
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