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quarta-feira, dezembro 13, 2006

Morrer de amor

Aaah! Não há morte melhor do que a gente morrer de amor!

Morre-se gostoso, suspirando...
O coração bate descompassado, quase pára para depois acelerar...
A pele arrepia-se, a coluna esfria, os pêlos se eriçam...
É o começo do fim !

O calor percorre o corpo todo, as mãos suam...
A mente entra em colapso e congela a imagem em quem amamos
Os olhos viram-se em suas próprias órbitas e fecham-se
A respiração entrecortar-se para depois suforcar
Os lábios ressecam-se e sedentos ficam, pelos beijos da pessoa amada
A morte aproxima-se...

Recordações voam pela mente, causando a dor, a dor da saudade
Fixamos toda a nossa vida naquele instante supremo
Vem o gozo, a partir do encontro das almas, do frêmito dos corpos
Os lençóis escapam das mãos, os corpos pesam, despencam
Gosto de fúria sensual toma a boca
Desmaio pelo prazer
Sensação agradável da ausência da realidade circundante
Voar para o paraíso sem escalas, na passagem do êxtase

Fogem as sensações materiais, vem o último suspiro
Tudo congela-se, tudo pára e a energia se esvaí

A morte chegou e levou-nos para uma nova vida:

A vida gostosa a dois, cheia de mortes amorosas...

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanta inspiração?!
Seus poemas demonstram que você tem um coração sensível e uma alma transparente. Deixe-se fluir entre sonhos.

Deixo aqui um forte abraço e fique com Deus.

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