Uma das vantagens das férias é poder viver fora dos padrões que nossas próprias raízes criaram. Facilita muito a forma mais simples de viver, de pensar, de observar as coisas e de ver o tempo passar.
Caminhei muito em minhas férias, pude contemplar a simplicidade que vivia: roupas informais, atitudes simples, contatos com a mãe Terra, fauna e flora. Acordava sem planos e rotinas, apenas vivia e atentamente via como as pessoas nativas viviam.
Cantos de pássaros, barulho de chuva, vento, natureza se apresentando desnuda e a tudo eu procurava adaptar à essa simplicidade.
Ao largo do mar, as praias e as pessoas interagiam. Os passos eram mais calmos e lentos, olhares mais serenos e pressa de nada. Via pais e filhos se esbaldando em castelos de areia, avós correndo atrás de netinhos, casais ladeando-se no caminhar. As pessoas agiam de modo fora dos padrões de uma sociedade tecnocrata.
O tempo voou, mas deu-me a chance de refletir muito, de aprender uma vez mais sobre as descomplicadas formas de viver, além daquelas que acostumei-me.
Nietzsche, o filósofo europeu do século XIX, de modo indireto esteve também presente em minhas férias e abordava a própria natureza humana, embora eu discordasse com a forma ateísta deste pensador.
As emoções e os sentimentos também foram abordadas por minhas andanças reflexivas. Deveríamos ter maior auto-confiança e viver um pouco mais a nossa própria história, isto é, ter a própria história mais à nossa mão, mais dominada por nós mesmos e não por vontades alheias, por raízes que nos tolhem, que nos distanciam da nossa própria natureza, que é mais simples.
A maior conclusão que pude ter nestes dias "anormais" é que eu posso mais do que minhas raízes me fazem pensar...
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