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segunda-feira, maio 26, 2008

Clair de Lune


Ainda que ela estivesse despedaçada, brilhava intensamente.
Ainda que fossem poucas as horas, a sua exposição era maravilhosa.
Ainda que a noite quisesse encobrir com as trevas, sua luz abrilhantava.
Ainda que ninguém olhasse para ela, sua claridade suavizava a paisagem.
Ainda que o viajante dependesse de seus olhos, tinha uma lanterna natural.
Ainda que sua luz não é produzida, ela reflete com majestade seu clarão.

Lua, quase cheia quase minguante, enfeitou o céu de outono.
Foi percebida pelos mais atentos, mais saudosos ou mais sensíveis.
Fez-me lembrar a música "Clair de Lune" de Claude Debussy, cuja harmonia representa com maestria os mágicos fascínios da Lua.

O mar, as matas, as campinas, as montanhas, as lagoas, os rios e toda a natureza refletiram seu prateado brilho.
Compuseram a tocada divina através da presença da Senhora da noite: A Lua.

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