(Marginal Tietê, Ponte Cruzeiro do Sul - 09:30 horas da manhã)
Incrível como a metrópole paulistana é cheia de surpresas e constrastes.
Hoje pela manhã, enfrentei o pior dos pesadelos desta cidade: a enchente.
Ruas, bairros, córregos, rios, avenidas e pés debaixo d'água. (Seria coincidência que hoje comemora-se, nas religiões afro-brasileiras, o dia de Oxum, a Orixá das Águas Doces e Yemanjá a Orixá das Águas Salgadas?)
Foi um dilúvio noturno com consequências vividas nas primeiras horas do dia. 100 e poucos milímetros cúbicos de água em um só dia (a metade de chuva prevista para o mês todo).
Saí de casa às 6 da manhã e cheguei às 11:30 no trabalho. E, para chegar neste horário, tive que descer do fretado, utilizar um metrô e "pegar" um taxi até o trabalho.
Quando desci do fretado, sobre a ponte Cruzeiro do Sul (ao lado do terminal rodoviário do Tietê), me surpreendi com a cena: a maioria dos veículos que estavam na Marginal havia desligado seus motores e havia um certo "silêncio" que era ao mesmo tempo constrangedor e de resignação. Constrangedor porque quem é que adora ficar "preso" no meio do caos? Resignação por parte dos motoristas que só podiam "aceitar" a situação imposta pelo excesso de chuva.
Dizem os "apocalípticos" que o "fim do mundo" ou deste "ciclo" será por meio da água. Acho que eles estão no caminho certo. Enquanto isso, os preços dos coletes salva-vidas, botes, caiaques, patinhos de borracha e roupas de mergulho estarão subindo pela constante demanda.
Aieuieu Oxum!
Odociaba Yemanjá!
Um comentário:
Tão triste ver as reportagens e as vidas que se perdem por causa destas chuvas.
Bjs.
Postar um comentário