A libido

s. f.,procura instintiva do prazer, sobretudo sexual; desejo; necessidade sexual;

Psicanálise :

"energia psíquica originada por necessidades biológicas primitivas, as pulsões da vida" (para Freud);

"qualquer forma de energia psíquica" (para Jung).

Essa palavra é sempre causadora de confusão.

Quando é usada, em textos ou em conversas, começa a criar a dúvida se ela é um substantivo masculino ou feminino. Normalmente o mais fácil é as pessoas enganaram-se pelo fato de que a palavra termina com a letra "O" e usarem o adjetivo "O".

Outro erro comum é acentuar a palavra como proparoxítona, ficando "Líbido", quando na verdade ela é uma palavra paroxítona.

Mas, o maior erro que se possa cometer com a palavra Libido é pensar que apenas é algo relacionado ao sexo.

Até mesmo Sigmund Freud, o pai da Psicanálise (que considerava o desejo sexual como motivação praticamente única do comportamento humano, quer direta, quer indiretamente), não define Libido como algo ligado diretamente às coisas sexuais. Seu discípulo direto, Carl Jung, também não relaciona essa palavra às coisas diretamente ligadas aos aspectos sexuais.

Podemos, portanto, ter a libido por outras coisas, ter aquele ímpeto, aquela energia, aquela procura instintiva por algum prazer.

Mas, a razão que utilizei esta palavra, para esse novo post, é que primeiramente é uma palavra que desperta curiosidade, própria para chamar a atenção das pessoas que eventualmente passarem seus olhos pelo meu blog. A segunda é para dar um recado ao grupo de colegas meus do MBA, que insistiu que essa palavra era algo diretamente ligado à sexualidade (cambanda de depravados) e tive que usar toda a minha democracia para permitir em nossa apresentação que o significado da palavra Libido era só isso (não foram "Dionísicos").

Finalmente, o tema principal , deste post, deveria levar à uma consequente conclusão e reflexão de que precisamos desamarrar nossas mentes, percepções, paradigmas e conceitos para empregarmos nossas análises e reflexões na vida sempre de modo mais livre e menos atado às convencionalidades que uma sociedade e sua cultura nos impôe.