Antes de dar informações a respeito da Síndrome do Pânico, tecerei alguns comentários e pontos de vista pessoais, mesmo incorrendo em erros de interpretações.
A Síndrome do Pânico, é para mim uma das modalidades da Depressão. Esta por sua vez é uma doença da alma. Alguns dizem que é a doença da era moderna.
Outras pessoas pensam que é ou frescura ou doença de gente fraca.
Aprendi duas coisas sobre a Depressão.
A primeira, obtida por médicos, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais, é que a Depressão é um mecanismo "inteligente" que a mente humana cria para proteger-se. Não é uma coisa de gente fraca. "Inteligente" porque a mente quem cria esta defesa para evitar o enlouquecimento. E que apesar de ser uma defesa, isto acaba prejudicando a própria pessoa, com os inúmeros sintomas e mudança de comportamento.
A segunda coisa é que a Depressão é como um martelo ou uma pedra e a personalidade da pessoa é o espelho que é estilhaçado em milhões de pedaços por essa pedra ou martelo. Reconstruir esta personalidade é possível, mas nunca se conseguirá colocar todos os pedaços no mesmo lugar em que originalmente existiam. A cura é possível, mas as marcas são profundas, permanentes e transformadoras.
A pessoa deixa de ser a mesma e torna-se outra, com os mesmos traços de personalidade, mas com reações diferentes às coisas. A pessoa é a mesma, mas diferente (não sei se me entendem). Não que essa transformação seja para um estado pior de personalidade, podem ocorrer mudanças muito positivas.
O que leva uma pessoa à depressão? Perdas? Derrotas? Dificuldades? Inaceitação? Ansiedade?
Abaixo estarão algumas respostas.
E finalizando a minha parte neste post, repito o que todo mundo que teve ou tem depressão (em que grau ou modalidade que for) diz:
Isso é algo que não desejo nem para meu pior inimigo.
A seguir algumas informações resumidas que retirei de alguns sites (que citarei as fontes e links):
" Tenho tanto medo. Toda vez que me preparo para sair, tenho aquela desagradável sensação no estômago e me aterrorizo pensando que vou ter outra crise de pânico. "
"De repente, eu senti uma terrível onda de medo, sem nenhum motivo. Meu coração disparou, tive dor no peito e dificuldade para respirar. Pensei que fosse morrer. "
"A vida passa a ficar vazia, triste e monótona. Perco o sentido de viver, desejo desaparecer, mesmo que eu não queira morrer, desejo que Deus me leve."
"Olho ao lado e vejo pessoas felizes, já não consigo me lembrar o que seja isso."
"Sinto-me no deserto, mesmo rodeado por pessoas que em amam"
(Expressões daqueles que já passaram por isso)
O que é o transtorno do pânico?
Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador - a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.
O que causa o transtorno do pânico? Por que ele ocorre?
De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo - o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça - tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar. O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.
Qual é a população atingida?
As pessoas que tem o T.P., em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do T.P., costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfecionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do T.P.. Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao T.P..
Fontes:
5 comentários:
Edu,
gostei muito do seu post de hoje. Da forma respeitosa como vc tratou o tema. Essa definição é ótima:
"A segunda coisa é que a Depressão é como um martelo ou uma pedra e a personalidade da pessoa é o espelho que é estilhaçado em milhões de pedaços por essa pedra ou martelo. Reconstruir esta personalidade é possível, mas nunca se conseguirá colocar todos os pedaços no mesmo lugar em que originalmente existiam. A cura é possível, mas as marcas são profundas, permanentes e transformadoras"
Lutar(e a palvra é esta mesmo)contra a SP é uma tarefa diaria mesmo depois de identificada e tratada.
obrigada, não é atoa que gosto de vc.
Bjs.
Oi Fatima,
Obrigado por adicionar esta importante informação: "lutar" contra SP de maneira diária. E lutar é um verbo que somente pessoas fortes e determinadas podem colocar em prática o que demonstra que não é coisa de gente fraca ter a SP.
Bjs
Oi Edu,uma ótima idéia foi a sua sobre o SUS, kkk. Quem sabe assim eles não colocariam a saúde pública nos eixos. Obrigada pela gentil visita.
xêro de fera pra vc!
No Brasil existe muitos escândalos como esse do congresso,mais é uma pena pois muitas pessoas acabam reelegendo pessoas com essa índole.
Postar um comentário