A maioria dos cães-guia é das raças retrievers labradores, retrievers amarelos ou pastores alemães. Estas três raças são caracterizadas pela inteligência, obediência, força e afabilidade e por isso são muito adequadas para o trabalho. As escolas de cão-guia criam seus cães com muito cuidado, escolhendo os pais com inteligência e habilidade especial de guia.
A primeira tentativa sistemática de treinar cães para ajudar a povos cegos veio ao redor de 1780 no hospital para cegos “Les Quinze-Vingts”, em Paris. Pouco depois, em 1788, Josef Riesinger, um fabricante cego de Viena, treinou um spitz tão bem que as pessoas freqüentemente duvidavam de que ele era cego.
A história moderna do cão-guia, entretanto, começa durante a primeira guerra mundial, quando milhares de soldados estavam retornando cegos, devido a gases venenosos. Um doutor alemão, Dr. Gerhard Stalling, teve a idéia de treinar cães em massa para ajudar àqueles afetados. Um dia, quando andava com um paciente pelo hospital, ele foi chamado urgentemente, deixando o seu cão na companhia do paciente. Quando retornou, ele teve a impressão distinta da maneira que o cão se comportava e como olhava o paciente cego.
Os instrutores de cão-guia procuram por diversas qualidades, incluindo: inteligência, vontade de aprender, habilidade de se concentrar por períodos longos de tempo, atenção a toques e sons, boa memória e excelente saúde.
O treinamento é um processo rigoroso tanto para o instrutor quanto para os cães, mas é também muito divertido. Para ter certeza de que os cães estão aptos ao desafio, a maioria das escolas os testa por um longo período antes de começar o treinamento. Os testes são projetados para avaliar o nível de autoconfiança, já que somente cães extremamente confiantes são capazes de lidar com a pressão da instrução de guia. Se um cão passa nos testes, começa o programa de treinamento imediatamente.
Os cães-guia aproveitam imensamente seu trabalho e ficam muito satisfeitos com um serviço bem feito. Porém, não há espaço para a diversão durante o dia de trabalho. Claro que o cão-guia brinca, se distrai e recebe elogios do seu acompanhante por realizar os percursos. Mesmo quando o acompanhante não precisa de assistência, um cão-guia dedicado ao serviço é treinado para ignorar distrações e não se mexer. Isto porque um cão-guia deve ser capaz de entrar no ambiente de trabalho do acompanhante ou ficar em locais públicos sem perturbar.
E como devemos agir diante de um cão-guia?
- Primeiramente deve encará-lo como um cão que está trabalhando e não como um animal de estimação;