A empresa que trabalho segue a "onda mundial" do capitalismo: a terceirização.
A terceirização apregoa que as empresas devem focar seus esforços naquilo que elas sabem fazer e qualquer atividade fora disso, deve ser transferida para empresas especializadas.
Começou a terceirizar a limpeza predial, a manutenção predial, a segurança predial, a administração do refeitório.
Depois foi a vez da área de informática (a T.I.). Em seguida as atividades financeiras e envolvidas com a administração (incluindo a área de RH - Recursos Humanos).
Para que as coisas funcionem e os serviços sejam garantidos, criaram-se os SLA's (ou Acordos de Nível de Serviço), uma espécie de contrato que estabelece regras com prazos e nível de serviço.
Agora, neste novo modelo de negócio, onde uns 60% dos funcionários não mais existem, os funcionários existentes devem preencher formulários de solicitação de serviços, aguardar a emissão de seus números de tickets e acompanhar a realização dos tais serviços.
Antigamente, se solicitava determinado serviço para a área específica e as coisas fluiam mais rapidamente, justamente porque todos eram da mesma empresa, conheciam as necessidades de negócio e falavam a mesma língua.
Atualmente o ticket é remetido para um outro país (normalmente países do leste europeu ou asiático) e através da língua inglesa tenta-se estabelecer um entendimento daquilo que não se conhece, uma vez que a terceirização ocorreu a toque de caixa para uma redução rápida de custos e despesas.
O cliente da empresa tem que ser atendido, estando as coisas boas ou não dentro deste modelo.
O stress do funcionário é maior devido ao fato de lidar com a carga de trabalho, com os controles, com o trabalho extra de explicar o óbvio para um estrangeiro.
O que era ágil e eficaz (virtude de produzir um efeito), tornou-se moroso e eficiente (capacidade de produzir um efeito).
(eu pedi para desenharem o "modelo de negócio" para eu entender melhor, mas nem a figura acima é digestível)
6 comentários:
Nossa Edu,
será já existe terceirização de cerebro, não entendi quase nada, e a culpa não é do seu texto não, acho que o tico e o teco estão dormindo. Eu ia pedir para vc fazer o desenho
mas deixa pra lá.Rsrsrsr
Bjs.
Oi. Estou desativando o Dom das palavras. Continue me visitando no Plenitude, ok?
Bj
Xiii, acho que vc está P...
Pois é Dado, trabalhei na AutoEuropa, onde até parte da montagem era terceirizada. RH, Logística, manutenção, TI, Refeição, limpeza, etc... só os dirigentes da Ford/VW eram da Ford/VW.
Cara, pedir para trocar uma lâmpada era um problema e muitas vezes trabalhávamos por horas sob má iluminação até que as barreiras "burro"cráticas focem vencidas.
Terrível.
Oi Fatima,
Alguns acreditam que o computador é o terceirizador do cérebro, mas não é o meu caso.
Bjs
Edu
Fala meu irmão Rogério,
Essas modas ou ondas arrastam o melhor de uma companhia, o capital humano, para longe.
Abraços
Ainda não havia refletido sobre isso. Até quando ficamos em cima do muro estamos tomando uma decisão: a de não participar e deixar que tudo aconteça à revelia. Adorei o post!!!
Bjos.
Pois é : Decidir é traçar os rumos das nossas vidas.
Traçar os rumos das nossas vidas, no entanto, seria menos penoso, e quem definiu isto com mais clareza, foi Jean Paul-Sartre, quando disse: "Nosso inferno são os outros".
Aí o bicho pega, pois, para decidir nossas vidas, temos que combinar com tanta gente que , a exaustão das negociações, realmente transformam "os outros, no nosso inferno".
E aí todos são os mais pudicos, corretos, exigentes, verdadeiros deuses do falso bom caratismo e moral ilibada.
E ,neste particular, da hipocrisia humana fico, com a imortal frase do Nelson Rodrigues, quando disse:
""Se todos conhecessem a intimidade sexual e social uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém."
Grande e imortal Nelson.
É isso aí !(rsrsrsrs)
Um abração carioca.
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