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terça-feira, julho 14, 2009

Modelo de negócio



A empresa que trabalho segue a "onda mundial" do capitalismo: a terceirização.

A terceirização apregoa que as empresas devem focar seus esforços naquilo que elas sabem fazer e qualquer atividade fora disso, deve ser transferida para empresas especializadas.

Começou a terceirizar a limpeza predial, a manutenção predial, a segurança predial, a administração do refeitório.

Depois foi a vez da área de informática (a T.I.). Em seguida as atividades financeiras e envolvidas com a administração (incluindo a área de RH - Recursos Humanos).

Para que as coisas funcionem e os serviços sejam garantidos, criaram-se os SLA's (ou Acordos de Nível de Serviço), uma espécie de contrato que estabelece regras com prazos e nível de serviço.

Agora, neste novo modelo de negócio, onde uns 60% dos funcionários não mais existem, os funcionários existentes devem preencher formulários de solicitação de serviços, aguardar a emissão de seus números de tickets e acompanhar a realização dos tais serviços.

Antigamente, se solicitava determinado serviço para a área específica e as coisas fluiam mais rapidamente, justamente porque todos eram da mesma empresa, conheciam as necessidades de negócio e falavam a mesma língua.

Atualmente o ticket é remetido para um outro país (normalmente países do leste europeu ou asiático) e através da língua inglesa tenta-se estabelecer um entendimento daquilo que não se conhece, uma vez que a terceirização ocorreu a toque de caixa para uma redução rápida de custos e despesas.

O cliente da empresa tem que ser atendido, estando as coisas boas ou não dentro deste modelo.

O stress do funcionário é maior devido ao fato de lidar com a carga de trabalho, com os controles, com o trabalho extra de explicar o óbvio para um estrangeiro.

O que era ágil e eficaz (virtude de produzir um efeito), tornou-se moroso e eficiente (capacidade de produzir um efeito).

(eu pedi para desenharem o "modelo de negócio" para eu entender melhor, mas nem a figura acima é digestível)

6 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Edu,
será já existe terceirização de cerebro, não entendi quase nada, e a culpa não é do seu texto não, acho que o tico e o teco estão dormindo. Eu ia pedir para vc fazer o desenho
mas deixa pra lá.Rsrsrsr
Bjs.

Plenitude do Ser disse...

Oi. Estou desativando o Dom das palavras. Continue me visitando no Plenitude, ok?

Bj

Unknown disse...

Xiii, acho que vc está P...

Pois é Dado, trabalhei na AutoEuropa, onde até parte da montagem era terceirizada. RH, Logística, manutenção, TI, Refeição, limpeza, etc... só os dirigentes da Ford/VW eram da Ford/VW.

Cara, pedir para trocar uma lâmpada era um problema e muitas vezes trabalhávamos por horas sob má iluminação até que as barreiras "burro"cráticas focem vencidas.

Terrível.

Diário de uma alma disse...

Oi Fatima,
Alguns acreditam que o computador é o terceirizador do cérebro, mas não é o meu caso.
Bjs
Edu


Fala meu irmão Rogério,
Essas modas ou ondas arrastam o melhor de uma companhia, o capital humano, para longe.
Abraços

Amar sem sofrer na Adolescência disse...

Ainda não havia refletido sobre isso. Até quando ficamos em cima do muro estamos tomando uma decisão: a de não participar e deixar que tudo aconteça à revelia. Adorei o post!!!
Bjos.

Paulo Tamburro disse...

Pois é : Decidir é traçar os rumos das nossas vidas.

Traçar os rumos das nossas vidas, no entanto, seria menos penoso, e quem definiu isto com mais clareza, foi Jean Paul-Sartre, quando disse: "Nosso inferno são os outros".

Aí o bicho pega, pois, para decidir nossas vidas, temos que combinar com tanta gente que , a exaustão das negociações, realmente transformam "os outros, no nosso inferno".

E aí todos são os mais pudicos, corretos, exigentes, verdadeiros deuses do falso bom caratismo e moral ilibada.

E ,neste particular, da hipocrisia humana fico, com a imortal frase do Nelson Rodrigues, quando disse:

""Se todos conhecessem a intimidade sexual e social uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém."

Grande e imortal Nelson.

É isso aí !(rsrsrsrs)

Um abração carioca.

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