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quinta-feira, novembro 08, 2007

Virtual Realidade



A tecnologia nos transformou em bits (*)...


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Neste mundo cibernético somos apenas usuários, logins e internautas e só conseguimos provar isso se aquelas letrinhas que formam as senhas que escolhemos forem digitadas "tim-tim-por-tim" na ordem certa, com os caracteres maiúsculos ou minúsculos, letras e símbolos corretos.

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Nossas ações na net são apenas bits e são capturadas por mecanismos de inteligência artificial que transformam isso em um perfil de consumo. Qualquer palavrinha por nós digitada no Google é capturada, qualquer clique num site de notícias é computado, qualquer viagem virtual no Google Earth revela o que aspiramos e principalmente: onde moramos, porque afinal, não é praticamente a primeira coisa que procuramos neste software?
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Famosos aproveitam e se camuflam sob nicknames para saber as mesmas trivialidades que nós reles mortais fuçamos nos sites de relacionamentos, os orkuts da vida.
Os mais pobres são apenas bytes e os poderosos são gigabytes, terabytes, ricosbytes!



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Digitalizamos a nossa família inteira, nossos passeios, nossas preferências nos fotologs e expomo-nos de maneira quase escancarada, coisa que não fazemos para nossos próprios vizinhos, ou não é verdade que é muito raro mostrarmos as fotos de nossas últimas férias ao nosso vizinho?

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A sensação que o mundo virtual nos passa é que tudo é virtual (realidade simulada), quase que um faz-de-conta. E por isso, talvez ultrapassamos o senso da segurança visitando aqueles obscuros sites pornográficos na calada da noite, ou aquele que contém fofocas de artistas, ou relatos de pessoas traídas que querem vingança.
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O bits que nos transformamos ao colocar os WWW ou o @ não nos protege de certas vulnerabilidades, principalmente dos hackers que já invadiram e continuarão a invadir contas bancárias daqueles mais carentes que ao ler um email estranho com o assunto do tipo "Te encontrei, agora não te perderei jamais, meu amor" dão acesso às suas coisas digitais secretas, como o usuário e senhas.


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Também não nos protege de adoecermos digitalmente quando nos infectamos com arquivos viróticos. Na maioria dos casos é só passar no "posto de saúde" e vacinar-se com a última atualização.


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Vivemos tão intensamente esta vida binária, que alguns arrumam até casamento de verdade, embora alguns caiam na tentação de dar aquela traidinha virtual, arrumando um amante virtual (às vezes isso vira coisa concreta). Outros têm vida dupla e filhos digitais nos sites de vida virtual como o Second Life (leia meu post sobre isso).


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Nosso impulso por descobrir este mundo novo faz a gente caçar tudo quanto é coisa nos googles da vida! Se digitar qualquer palavra, qualquer nome, palavrão, cidade, etc, vai aparecer algum resultado. Sabe por que? Porque o mundo real está mapeadinho no mundo virtual, graças aos nossos insaciáveis clicks.

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As pessoas mais velhas, viraram bits recentemente, mas as novas gerações já eram bits antes mesmo de sair do ventre materno.
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Deixaremos de ser bits um dia? Nem depois de mortos, porque com essa onda de informatização, até mesmo os defuntos já estão digitalizados, pelos cartórios, cemitérios, universidades, imls, etc.
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Dizem que na Bíblia, há uma profecia de que cada um de nós, nos fins dos tempos, receberá um número único e identificador [Apocalipse 13:16-17]. A tecnologia do RFID (a etiqueta inteligente) pode ser esse tal número. Os institutos tecnológicos como o MIT pretendem em pouco tempo implantar computadores em nossos corpos para nos integrar definitivamente na "rede", como acontece na Matrix e seremos os servos do Anti-Cristo (A personificação do mal).


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Bem, esta rede mundial que já globalizou-nos está aqui em nossas vidas. Defensores e atacantes usam dela para expor suas idéias. Grupos de pensadores e de terroristas usam-na como armas ideológicas. Logo, logo as guerras serão travadas na net (seria bom se não morressem mais pessoas - inocentes ou não, em guerras de verdade).


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Quando desejamos alguém ou algo é só dar um "ok" e quando não queremos por perto é só dar um "del", porque afinal é só mais um bit a mais ou a menos em nossas digitais vidas...


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* - Os computadores "entendem" impulsos elétricos, positivos ou negativos, que são representados por 1 e 0, respectivamente. A cada impulso elétrico, damos o nome de Bit (BInary digiT). Um conjunto de 8 bits reunidos como uma única unidade forma um Byte.

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