Aquela velha estória em que o monge e seu discípulo empurram no precipício uma vaquinha, o único meio de sobrevivência de uma pobre família e faz com que essa família, a partir do desespero, saia do comodismo e diversificou seu meio de sobrevivência e com isso prosperaram tem sido o elemento de minhas reflexões sobre o momento em que vivo.
Desde o início do ano recebi a notícia que eu seria desligado da empresa na qual trabalho. Isso acontecerá, a partir de um acordo, em julho próximo.
Senti-me e ainda sinto-me como se a minha vaquinha estivesse sendo empurrada ao abismo. O desespero que é ficar sem chão já tirou-me várias noites de sono.
Construimos nossas vidas sobre terreno que pensamos ser sólido, fincamos nossas raízes e passamos a nos acomodar com as coisas, aceitamos aquilo que estão nos dando.
Muitas vezes temos apenas uma vaquinha a nos dar a sobrevivência. Apostamos que esta vaquinha jamais nos abandonará. Mas, o tempo mostra que nada é estático, nada é duradouro.
A vaca pode e vai pro brejo!
Quero aproveitar este momento e ajudar que a minha vaquinha caia mesmo no buraco e eu não possa mais depender dela.
O chute na bunda, como dizem, pode ser o primeiro dos incentivos para nos mexermos e seguir em frente.
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